Meio milhão de motivos

Ainda assombrado com a escalada do número de casos e de mortes por Covid-19, nas últimas semanas, o Brasil ultrapassou a triste marca de mais de 500 mil pessoas mortas desde o início da pandemia. É como se toda a população de Vila Velha (ES), Florianópolis (SC) ou Macapá (AP) fosse exterminada. O País tem 2,7% da população global e 12,8% das mortes pela Covid-19 no mundo.

Nas ruas, protestos lamentavam as vidas perdidas, cobravam responsabilizações e mais vacinas. No Senado, parlamentares buscam os culpados pela tragédia na CPI da Pandemia.

No entanto, autoridades e aliados do governo continuam a propagandear tratamentos que não funcionam, a promover aglomerações e a desacreditar a vacina, incentivando a população a se colocar em risco.

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Mas o Brasil ainda tem meio milhão de motivos para ter esperança e seguir com os cuidados sanitários, já tendo sido infectados ou não pelo vírus, vacinados ou não. Temos mais de 500 mil vidas, 500 mil sonhos e 500 mil famílias enlutadas para honrar e é em respeito a todas elas que devemos seguir buscando a ciência e a verdade.

Temos meio milhão de motivos para seguir acreditando que somente com a união de todos em torno do bem comum se pode erradicar definitivamente o vírus. Manaus, minha cidade, alcançou a marca de um milhão de pessoas imunizadas com a primeira dose, 40,76% da população vacinável, uma das maiores entre as capitais brasileiras.

Essa conquista não foi fruto do acaso. Foi o resultado de uma ação coordenada entre o Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus, que promoveram mutirões de vacinação, com postos abertos noite e dia por toda a cidade. Mesmo não sendo parceiros políticos, Wilson Lima e David Almeida somaram esforços contra o vírus e a favor da vida. É disto que o País precisa.

(*) Marcelo Ramos é advogado, professor de Direito Constitucional e vice-presidente da Câmara Federal

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(*)Marcelo Ramos é advogado, professor de Direito Constitucional e vice-presidente da Câmara Federal.

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