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Lideranças extrativistas do Pará sofrem atentado em escritório do CNS
O escritório do CNS ficou revirado após o assalto. (Divulgação)
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22 de abril de 2023
Ana Alverca – Especial para Revista Cenarium
BELÉM – O escritório regional do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), em Belém, no Pará, foi alvo de um atentado na noite dessa sexta-feira, 21. Homens armados invadiram o local, agrediram membros que estavam dormindo na instituição, levaram documentos e roubaram dinheiro, computadores, televisão, entre outros equipamentos, incluindo antenas digitais do projeto “Conexão Povos da Floresta”, cujas instalações ocorreriam em territórios indígenas, extrativistas e quilombolas.
Os suspeitos também ameaçaram e ordenaram que o CNS pare de fazer denúncias em relação a questões de terras e grilagens, além de proferirem outras ameaças, incluindo um possível retorno para executar os próprios membros do Conselho.
A diretoria do CNS informou que não vai se calar e continuará lutando contra as injustiças sofridas nos territórios e contra as populações extrativistas no Pará e em qualquer outro Estado onde tem atuação. Além disso, disse já estar tomando as medidas cabíveis para que os governos municipal, estadual e federal reforcem a segurança, e iniciem, urgentemente, uma investigação para encontrar os responsáveis por esse crime.
O secretário-geral do CNS, Dione Torquato, declara ainda que as ações do governo federal de combate a irregularidades, como grilagem e desmatamento, têm causado indignação nos infratores e, consequentemente, o aumento de ameaças às lideranças que lutam pela proteção do meio ambiente e dos povos da floresta.
“Nos últimos três meses, o CNS tem percebido um aumento significativo de denúncias envolvendo ameaças a lideranças nos territórios. Tudo leva a crer que essas ameaças, inclusive, seriam uma consequência dos anúncios do governo federal de retomada da Amazônia”, destacou Dione Torquato.
“O CNS historicamente sempre defendeu a luta, a vida e a dignidade dos povos tradicionais, e continuará lutando, juntamente com o governo, para que as comunidades tradicionais e populações extrativistas, indígenas e quilombolas voltem a ter a segurança, proteção e defesa dos seus territórios”, concluiu o secretário-geral do CNS.
A REVISTA CENARIUM questionou a polícia sobre a investigação acerca do ataque ao escritório do CNS, e aguarda resposta.
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