Lima Barreto ganha podcast ‘O negro é a cor mais cortante’ no dia de seu centenário póstumo

Livros do escritor Lima Barreto na Livraria da Vila. Autor ganha um podcast do Instituto Moreira Salles (Tiago Queiroz/Estadão)
Com informações do Estadão

RIO DE JANEIRO – Há um século, no Dia de Todos os Santos, 1° de novembro, morreu Afonso Henriques de Lima Barreto. Autor de romances clássicos da literatura brasileira, como “O Triste Fim de Policarpo Quaresma”, o autor é tema do podcast “Lima Barreto: O negro é a cor mais cortante”, uma produção da Rádio Batuta com o Instituto Moreira Salles.

Serão cinco episódios, com concepção, texto e apresentação de Beatriz Resende, professora da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estudiosa de Lima há mais de 40 anos; e Gabriel Chagas, formado na UFRJ e que, atualmente, leciona Literatura e Cultura Luso-Afro-Brasileira na Universidade de Miami. Outros intelectuais, como Lilia Schwarcz, que lança Triste República de Lima Barreto (Companhia das Letras), em quadrinhos, em parceria com Sccapa e o escritor Luiz Antônio Simas, entre outros.

Cada capítulo tem um aspecto em destaque e, pelo menos, uma pessoa convidada. No primeiro, “A morte e a vida de Lima Barreto”, narram-se os momentos finais do escritor e as referências feitas a ele na imprensa da época. O episódio também ressalta como, nos últimos anos, sua obra vem sendo retomada e celebrada em toda a sua grandeza, como a homenagem pela Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), em 2017, à peça “Traga-me a cabeça de Lima Barreto“, escrita e dirigida por Hilton Cobra, que participa do episódio, e o lançamento de várias publicações sobre ele.

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“A obra de Lima Barreto sempre ocupou um lugar peculiar e decisivo na literatura brasileira. Foi o primeiro romancista a trazer a periferia do Rio de Janeiro para a literatura. Apesar de estudos fundamentais dedicados à sua obra, só no século 21 foi, definitivamente, reconhecido. Mais do que isso, despertou um interesse inédito de jovens leitores negros”, diz Beatriz Resende.

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