Lula aguarda imunização de brasileiros para iniciar pré-campanha presidencial

Ex-presidente Lula fará viagens pelo país junto de Haddad e Gleisi Hoffman. (Ricardo Stuckert/Reprodução)

Com informações do Congresso em Foco

SÃO PAULO – O ex-presidente Lula (PT) vai viajar o País para tentar se apresentar como uma alternativa a Jair Bolsonaro. A ideia, segundo a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, é que o partido espere o petista receber a vacina contra a Covid-19 e depois disso percorra o Brasil. Gleisi e Fernando Haddad, candidato presidencial petista em 2018, também vão compor a comitiva.

A dirigente partidária afirmou que a programação de reuniões e visitas a Estados ainda não está definida e vai começar a ser desenhada a partir da próxima segunda-feira, 15. Gleisi declarou que a prioridade é conversar com os partidos de esquerda, mas disse que também estão no radar diálogos com partidos de centro e centro-direita, como MDB e PSD.

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“Vamos primeiro fazer diálogo com os partidos do campo da esquerda, centro-esquerda, começar a marcar as agendas para fazer isso, já tenho feito, vamos fazer junto com o presidente. Depois a gente vai avaliar em relação as outras forças, observar o posicionamento político, porque para fazer conversa tem que ser em cima de questões práticas, uma pauta mínima, não é conversar por conversar, a pauta que o presidente fez ontem, do SUS, da renda, geração de emprego, para salvar o povo da crise que está acontecendo, mas não marcamos nada ainda”, afirmou a presidente do PT.

Lula voltou ao cenário político nesta semana após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de anular as condenações dele na Lava Jato no Paraná. A anulação permitiu ao petista a possibilidade de ser candidato em 2022, algo que antes estava barrado por conta da Lei da Ficha Limpa.

“Queremos que Lula vá viajar também. Estamos só esperando ele tomar a vacina, ele vai tomar a primeira dose na semana que vem, acho que na segunda, depois tem os dias para a segunda dose e assim que tivermos a autorização do médico dele queremos fazer a viagem. Sem prejuízo das viagens com Haddad, que vamos continuar. Vamos fazer essas conversas para viajar o Brasil, conversar com lideranças, não só da política, sociais, artísticas, conversar com todos aqueles que estejam na posição de enfrentar a desconstrução do Estado brasileiro, enfrentar o Bolsonaro”, explicou a dirigente partidária.

A eleição para presidente da Câmara em fevereiro permitiu uma reaproximação do PT com partidos fora da esquerda. Os petistas resolveram apoiar Baleia Rossi (MDB-SP), presidente nacional da legenda, contra Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro que venceu e hoje coordena a Casa Legislativa. PT e MDB estavam totalmente rompidos desde 2016, quando Dilma Rousseff (PT) foi afastada da Presidência da República em um processo que teve como protagonistas o seu vice Michel Temer (MDB) e o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ).

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