Lula anuncia medidas para combater grupos criminosos em Terra Yanomami

Medidas foram definidas em reunião do presidente com ministros, nesta segunda-feira, 30 (Ricardo Stuckert/PR)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez reunião nesta segunda-feira, 30, para tratar de ações emergenciais para proteção e auxílio aos Yanomami, povo que vive uma crise sanitária que já resultou na morte de 570 crianças por desnutrição e causas evitáveis nos últimos quatro anos.

Entre as ações previstas estão iniciativas que impeçam o transporte aéreo e fluvial que abastece os grupos criminosos. A estratégia é combater o garimpo ilegal e outras atividades criminosas na região.As ações também visam impedir o acesso de pessoas não autorizadas pelo poder público à região, buscando não apenas impedir atividades ilegais, mas também a disseminação de doenças”, informou a Presidência por meio de nota.

Entre as ações previstas estão a assistência nutricional e de saúde, com alimentos adequados aos hábitos dos indígenas, e a garantia de segurança necessária para que equipes de saúde possam atuar nas aldeias. Outra prioridade é garantir, rapidamente, o acesso à água potável por meio de poços artesianos ou cisternas e medir a contaminação, por mercúrio, dos rios e nas pessoas.

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A Terra Indígena Yanomami (TIY) é a maior do País em extensão territorial e sofre com a invasão de garimpeiros. A contaminação da água pelo mercúrio utilizado no garimpo e o desmatamento impacta na segurança e disponibilidade de alimento nas comunidades.

O presidente determinou que todas essas ações sejam feitas no menor prazo para estancar a mortandade e auxiliar as famílias Yanomami”, informou a Presidência.

Terra Indígena Yanomami (TIY) é a maior do País em extensão territorial e sofre com a invasão de garimpeiros (Adriano Machado/Reuters)

Participaram do encontro os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Justiça, Flávio Dino; da Defesa, José Múcio; dos Povos Originários, Sonia Guajajara; dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida; de Minas e Energia, Alexandre Silveira; das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; além do comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno; a presidente da Funai, Joenia Wapichana; e o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa.

Falta de assistência

Embora entidades indígenas e órgãos como o Ministério Público Federal (MPF) já denunciem a falta de assistência a essas comunidades há muito tempo, agora, com a posse do presidente Lula, o governo federal está implementando medidas emergenciais para socorrer os Yanomami.

A última delas, nesta segunda-feira, o Ministério da Justiça e Segurança Pública criou um grupo de trabalho que deverá apresentar propostas de ações a serem implementadas pelo governo federal a fim de combater a ação de organizações criminosas em terras indígenas, incluindo o garimpo ilegal.

(*) Com informações da Agência Brasil
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