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Lula critica desigualdade na ONU; Bolsonaro propôs combate à cristofobia
Lula e Bolsonaro durante discurso na ONU (Reprodução/ONU)
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19 de setembro de 2023
Jefferson Ramos – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou discursos na Assembleia Geral Organizações da Nações Unidas (ONU) para reforçar retórica antiesquerda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou a exposição mundial no púlpito da ONU para mostrar resultados dos nove meses na área ambiental e criticar a desigualdade econômica no mundo, além de cobrar que aplicativos de plataforma não eliminem leis trabalhistas.
O discurso de Lula feito nesta terça-feira, 19, contrasta com o teor dos discursos de Bolsonaro na ONU. Nas quatro oportunidades em que discursou na instituição, Bolsonaro pediu apoio da comunidade internacional para combater uma suposta ‘cristofobia’ e ideologia de gênero, termo usado pela ultradireita para se referir a população LGBTQIAPN+.
No último discurso na Assembleia Geral como presidente, em setembro de 2022, Bolsonaro defendeu a liberdade econômica, liberdade de expressão e religiosa e se opôs ao aborto, afirmando que é a favor da vida desde a concepção.
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Pauta de costumes
“É essencial que todos tenham direito de professar e praticar livremente a sua orientação religiosa, sem discriminação. A defesa da família, direito à vida desde a concepção, legítima defesa e o repúdio à ideologia de gênero são pautas importantes para os brasileiros”, discursou Bolsonaro.
Na época, o ex-presidente estava em plena campanha de reeleição. Ele usou parte do discurso para enfatizar a redução artificial da gasolina ao custo da arrecadação dos Estados e a deflação, que se deu por conta da população não ter condições de consumir.
Na área ambiental, diante de elevados números de desmatamento na Amazônia, Bolsonaro alegou que 80% da floresta amazônica ainda permanecia intacta.
“Dois terços do território brasileiro permanecem com vegetação nativa que se encontra exatamente como estava quando o Brasil foi descoberto em 1500. Na Amazônia brasileira, área equivalente à Europa Ocidental, mais de 80% da floresta continua intocada ao contrário do que é divulgado pela grande mídia nacional e internacional”, argumentou.
Vinte anos depois
Esse é o oitavo discurso feito por Lula na ONU, o primeiro neste terceiro mandato. Diferente da recepção dada a Bolsonaro, a plateia chegou a aplaudir o presidente ao menos três vezes.
Na área ambiental, Lula anunciou à comunidade internacional que nos nove primeiros meses de seu governo, o Brasil reduziu em 48% o desmatamento ilegal. Ele ainda reforçou que o País está realizando operações contra crimes ambientais na Amazônia.
O momento mais aplaudido foi quando criticou a desigualdade e a fome globalmente. Lula culpou a ‘ideologia do estado mínimo’ pela falta de oportunidade que os jovens enfrentam.
“Os governos precisam romper a dissonância cada vez maior entre a voz do mercado e a voz das ruas. O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias. Seu legado é uma massa de deserdados e excluídos. Em meio a seus escombros surgem aventureiros de extrema direita que negam a política”, responsabilizou.
Luiz Inácio se comprometeu ainda em ser rigoroso na defesa dos direitos de cidadãos LGBTQIAPN+, bem como combater o feminicídio.
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