Maduro chama Bolsonaro de ‘imbecil’ por associar vacina contra a Covid-19 à Aids

Completando 86 anos nesta quarta-feira, 26, também anuncia lançamento de livro sobre meio ambiente, "Sou um rio" (Arte: Ygor Fábio Barbosa/Cenarium)

Com informações do InfoGlobo

CARACAS — O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, de ‘imbecil’ e ‘irresponsável’, em um discurso transmitido pela TV estatal, na noite de terça-feira, por dizer em uma live que as vacinas contra a Covid-19 provocavam Aids. A declaração feita por Bolsonaro levou o Facebook a tirar o vídeo do ar. Essa é a primeira vez que a rede social retira do ar uma live do presidente.

Apesar de criticar o brasileiro, o próprio Maduro também já teve postagens deletadas das redes sociais, por defender remédios milagrosos contra a Covid-19, no ano passado. Porém, diferentemente do brasileiro, o presidente venezuelano parou de fazer discursos com notícias falsas este ano.

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Além da remoção dos vídeos do brasileiro, das redes sociais, a notícia falsa gerou uma forte reação de especialistas e políticos da oposição. A CPI da Covid decidiu incluir no relatório final a declaração falsa de Bolsonaro.

“O imbecil do Jair Bolsonaro no Brasil… imbecil, palhaço, irresponsável, disse ontem uma estupidez típica de alguém de direita, desprestigiado. Disse que as vacinas contra o coronavírus causavam Aids. Bolsonaro, todos os dias, passa seu tempo falando mal da Venezuela, em vez de se dedicar a governar e atender o povo. O Brasil atingiu 600 mil mortes pelo coronavírus”, disse Maduro no discurso transmitido pela VTV.

Na live, Bolsonaro mencionou uma notícia falsa dizendo que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas estariam desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, causada pelo vírus HIV, “muito mais rápido do que o previsto”.

De acordo com dados oficiais, a Venezuela contabiliza 4.836 mortes por Covid-19 no país, mas há muitas dúvidas sobre a veracidade dos números. Um estudo feito pela revista Nature estima que os falecimentos reais podem ser até sete vezes maiores do que a estimativa oficial, ou seja, cerca de 34 mil óbitos.

O Brasil, por sua vez, contabilizou, até agora, 606.293 mortos pelo coronavírus desde o começo da pandemia. Apesar do número alto, a média de mortes está há 15 dias na faixa de 300, o que indica estabilidade. 

Nas últimas 24 horas, foram registrados 13.414 novos casos de Covid-19 em todo território nacional, totalizando 21.748.303 pessoas que já se contaminaram com o vírus. A média móvel foi de 11.966 diagnósticos positivos, um aumento de 6% em comparação ao índice de duas semanas atrás, o que também demonstra tendência de estabilidade.

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