Manaus é a segunda capital com a cesta básica mais barata; em julho, redução foi de 0,67%
Os dados foram levantados pela Horus e pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Reprodução/Internet)
Beatriz Araújo – Da Revista Cenarium
MANAUS – Na contramão das principais capitais brasileiras, Manaus está na segunda posição no ranking de capitais com o menor preço da cesta básica no Brasil. Os dados foram levantados pela Horus e pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV), em julho deste ano, após estudarem mais de 35 milhões de notas fiscais para analisar o comportamento no preço de itens básicos.
Entre as capitais estudadas no levantamento estão: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Em primeiro lugar, com a cesta básica mais barata entre as citadas está Belo Horizonte, que vende os alimentos no valor de R$ 655,21; seguida por Manaus, onde a cesta básica pode ser comprada por R$ 662,24.
Em terceiro lugar, está Brasília, com o valor de R$ 713,67; Curitiba ocupa o quarto lugar com os produtos sendo vendidos pelo total de R$ 727,97; na quinta posição vem Salvador com a cesta no valor de R$ 765,52; Fortaleza aparece em seguida com o valor total de R$ 803,64; São Paulo vem em sétimo lugar e tem a segunda cesta básica mais cara, com os produtos sendo comprados pela população no total de R$ 895,23. Encerrando o ranking surge Rio de Janeiro, em oitava posição, com a cesta básica mais cara dentre as capitais levantadas pela pesquisa, no valor de R$ 895,23.
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De acordo com o levantamento, o valor da cesta básica, na capital amazonense, sofreu oscilações pelo terceiro mês consecutivo. Em maio, a cesta estava no valor de R$ 665,04, já em junho deste ano ela custava R$ 666,68, agora, os alimentos caíram 0,67%, algo em torno de R$ 4,44, passando a ser vendida pelo valor de R$ 662,24.
Itens básicos
A Cesta de Consumo conta com 22 alimentos básicos, com maior presença nas compras dos brasileiros, como carnes, café, farinha de mandioca, arroz, feijão e legumes. Já na cesta ampliada, constam 50 itens que inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza, além de alimentos. Em Manaus, a cesta básica ampliada custa em torno de R$ 1.355,66, maior que o dobro do valor da cesta básica comum, com uma diferença de 28 itens.
Os cinco itens que registraram alta, em julho, na capital amazonense, estão: linguiça, com alta de 6,89% no quilo; frutas com aumento de 3,83%; em seguida vem o leite, que subiu 3,56%; em quarto lugar o queijo, com elevação de 3,12% no preço e fechando a lista está a farinha de mandioca, com alta de 2,90%.
Entre os alimentos que tiveram queda no preço estão: chocolate (-2,03%), pão (-2,54%), verduras (-4,86%), legumes (-6,47%) e o azeite com (-1,69%).
Sem comemoração
Para a economista Denise Kassama a redução do custo logístico é um reflexo da redução no valor dos combustíveis, porém, a queda é sazonal, uma vez que existe pressão federal para que o valor da gasolina aumente novamente.
“O valor da cesta básica caiu pouco mais de R$ 4,00. É uma redução favorável para quem está com as contas cada vez mais apertadas, porém, não há motivos para comemorar. Ainda é uma redução mínima, então, não é possível considerar uma tendência de queda, na verdade, será o contrário, afinal, a redução tributária promovida pelo governo vai permanecer por um tempo e logo os valores dos itens voltarão a crescer. As mudanças precisam ser fixas, para que exista uma tendência real de queda no preço dos alimentos”, analisou.
Consumo e remuneração
Atualmente, os custos com alimentação são mais elevados que o valor do salário mínimo, no Brasil, que está em R$ 1.212. Segundo os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em julho de 2022, o tempo médio necessário para que um trabalhador possa adquirir os produtos da cesta básica é de, necessariamente, uma jornada de 120 horas e 37 minutos, menor do que o registrado em junho, de 121 horas e 26 minutos.
Em julho de 2021, a jornada necessária ficou em 113 horas e 19 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, em julho de 2022, 59,27% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, pouco menos do que em junho, quando precisou usar 59,68%. Em julho de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 55,68%.
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