Médicos de UPAs de Belém chegam ao quinto dia de paralisação

UPA de Marambaia (Divulgação/Agência Pará)
Raisa de Araújo – Da Revista Cenarium Amazônia

BELÉM (PA) – Médicos das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Jurunas e da Terra Firme, em Belém, seguem para o quinto dia de paralisação nesta terça-feira, 24. De acordo com o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), a paralisação é para reivindicar o pagamento de salário atrasado, que chega a três meses. As UPAs seguem com 30% do fluxo de atendimento, dando prioridades aos casos graves, classificados em laranja e vermelho.

Em nota, o sindicato informou que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Marambaia, Jurunas e Terra Firme retornaram o atendimento integral à população na tarde desta terça-feira, 24. Os repasses financeiros para as Organizações Sociais (OS), que gerenciam as unidades, foram regularizados e o pagamento dos médicos efetivado.

A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informou que realizou, na manhã desta terça, o pagamento para as Organizações Sociais, que gerenciam as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Marambaia e Terra Firme. Já para a UPA do Jurunas, de acordo com a Sesma, será efetuado ainda na tarde de hoje. A Sesma aguarda o retorno imediato e integral dos atendimentos à população.

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Os médicos da unidade de Marambaia seguiam em paralisação, até ontem, mas não foram citados na nota por não terem enviado comunicado oficial sobre a situação da unidade para o sindicato. 

Uma médica que atende em uma das UPAS e não quis se identificar, comentou que o último pagamento foi referente ao mês de junho desse ano, feito apenas em setembro, sem previsão para pagamentos progressivos.

“De qualquer forma, essa situação é péssima, porque as dívidas não atrasam, elas têm dias certos para chegar, diferente do salário que nem se tem previsão. Infelizmente, temos que nos deslocar bastante e trabalhar em diversos lugares/municípios para, pelo menos, ter garantia que algum dos lugares irá pagar certinho no mês subsequente. No mínimo, recebemos com 40 dias de atraso, porém, mais de 90 dias extrapola. Faço plantão esse mês sabendo que só irei receber ano que vem, e isso é frustrante”, relatou a médica.

Leia mais: Comitiva da ONU avalia estrutura de Belém para a COP30 na próxima semana
Editado por Jefferson Ramos
Revisado por Adriana Gonzaga
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