SÃO PAULO – O Ministério da Saúde iniciou nesta quinta-feira, 10, a distribuição de 1 milhão de doses de vacina pediátrica contra a Covid-19 destinadas a crianças que tem entre seis meses e três anos, com comorbidades.
As doenças consideradas como prioritárias para vacinação, conforme ofício enviado aos secretários estaduais de saúde, na quarta-feira, 9, incluem diabetes, doenças pulmonares graves, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças neurológicas crônicas e doença renal crônica.
Segundo a pasta, os frascos do imunizante da Pfizer, que chegaram ao Brasil em 27 de outubro, devem ser enviados a todos os Estados e ao Distrito Federal até esta sexta-feira, 11, na seguinte proporção:
Distribuição de doses da vacina pediátrica contra Covid-19:
Estados começam a receber imunizante para crianças de 6 meses a menores de 3 anos:
- Acre 3,3 mil
- Alagoas 17,1 mil
- Amapá 5,5 mil
- Amazonas 28 mil
- Bahia 70 mil
- Ceará 45 mil
- Distrito Federal 14,4 mil
- Espírito Santo 13 mil
- Goiás 35 mil
- Maranhão 40 mil
- Mato Grosso 19,4 mil
- Mato Grosso do Sul 15 mil
- Minas Gerais 95 mil
- Pará 50 mil
- Paraíba 15 mil
- Paraná 56,3 mil
- Pernambuco 47 mil
- Piauí 16,1 mil
- Rio de Janeiro 76 mil
- Rio Grande do Norte 17 mil
- Rio Grande do Sul 48 mil
- Rondônia 10 mil
- Roraima 7 mil
- Santa Catarina 34 mil
- São Paulo 206,3 mil
- Sergipe 12,2 mil
- Tocantins 9 mil
De acordo com a nota técnica firmada em 31 de outubro sobre o uso do imunizante, as crianças dessa faixa etária com comorbidades deverão receber três doses da vacina. As duas iniciais devem ser administradas com quatro semanas de intervalo, e a terceira após um período de pelo menos oito semanas em relação à segunda dose.
Como forma de diferenciar o imunizante daqueles oferecidos a outras faixas etárias, os frascos com as doses para esse público possuem tampa de cor vinho. Para crianças de 5 a 11 anos, a tampa é laranja e, para o público acima de 12 anos, roxa.
O uso de diferentes cores de tampa é uma estratégia para evitar erros de administração, pois o produto requer diferentes dosagens conforme a idade das crianças. Isso facilita a identificação pelas equipes de vacinação e pelos responsáveis pelos pequenos.
O Ministério da Saúde afirma que as crianças podem tomar a vacina contra a Covid-19 separadamente ou com outras vacinas do calendário. Isso quer dizer que, uma vez que as doses estejam disponíveis no município, não é preciso esperar para dar a vacina contra o coronavírus com algum outro imunizante, e é possível aproveitar a ida ao posto de saúde para colocar a carteirinha de vacinação em dia.
Quanto à vacinação dos mais novos sem comorbidades, a pasta não oferece previsão de início da campanha. “Com o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), a possibilidade de ampliação das doses para as crianças nessa faixa etária sem comorbidades deverá ser avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec)”, diz o ministério em nota.
Para crianças de 3 e 4 anos, a vacina aprovada é a Coronavac, e cidades como Rio de Janeiro e Recife suspenderam a vacinação por falta do imunizante. O governo alega que está em tratativas para a compra de mais doses.
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