Ministra das Mulheres vai lançar a Marcha contra Misoginia em outubro

Campanha de mobilização da sociedade contra a misoginia (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Da Revista Cenarium Amazônia*

SÃO PAULO (SP) – A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse que lançará, no próximo dia 25, a Marcha contra a Misoginia, destinada a chamar a atenção contra o ódio às mulheres. Sem dar detalhes, Cida ressaltou para a plateia feminina que o ódio presente no País não tem ajudado as mulheres a realizar qualquer coisa.

“Quanto mais nós ocupamos os espaços de poder, quanto mais crescemos, ganhamos dinheiro, mais eles ficam com ódio e nos desqualificam, dizendo que estamos fazendo besteira. E aí depois, quando paramos de fazer, dizem que somos feias, mal-amadas, vem a gordofobia, o racismo e, tudo isso, para diminuir a nossa autoestima, para sairmos desses lugares”, disse nesta sexta-feira, 6, ao participar da abertura do Festival RME (Rede Mulher Empreendedora) 2023.

Durante o evento em São Paulo, a ministra destacou que é preciso construir um País com mais mulheres empreendedoras. Cida disse conhecer bem a realidade da empresária e as dificuldades para começar no mercado, já que grande parte das empreendedoras também são mães solo e, muitas vezes, param de estudar e optam por abrir seu próprio negócio por não terem uma rede de apoio ou onde deixar seus filhos.

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A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves (Rovena Rosa/Agência Brasil)

“E que bom que nós fizemos isso. Demos certo, nós estamos aqui numa rede de mulheres empreendedoras muito grande. E, de fato, o empreendedorismo brasileiro tem a cara, o jeito e a forma da mulher brasileira. Nós vamos mostrar para eles que a mulher empreendedora vai mudar o Brasil”.

Cida relembrou as dificuldades para aprovar o projeto de lei que prevê a igualdade salarial e, agora, é o momento de implementar. “Essa lei é importante para dizer que nós temos condições de estar no mesmo lugar que os homens e no lugar que nós quisermos, do jeito que quisermos, ganhando muito e não tendo vergonha de dizer que queremos ganhar muito”.

Ela completou que as mulheres têm grande capacidade para investir e que todos os recursos que ganham são empregados, inclusive, para ajudar outros membros da família e ainda para pagar as dívidas em dia. “Nós temos mais compromisso social, com impostos e uma série de outras coisas que vão voltar para a sociedade, para o País. Nós, mulheres, terminamos construindo muito mais toda política econômica, que é a base da sociedade”.  

O Festival RME, que termina no sábado, 7, é o maior evento nacional para empreendedoras e líderes, reunindo momentos de diálogo com uma seleção de palestrantes de destaque e participações da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres e Pacto Global. O Festival RME também oferece oportunidades específicas para empreendedores em diferentes fases de seus negócios, incluindo o prêmio “Seu Pitch Vale um Pix”, que busca reconhecer e incentivar empreendedoras talentosas. 

“Serão selecionadas 15 empreendedoras, sendo três de cada região do Brasil. Cada premiada receberá um montante de R$ 1 mil. O anúncio das vencedoras está agendado para o último dia do festival”, diz a organização.

O evento tem também três espaços dedicados ao desenvolvimento empresarial, visando impulsionar a inovação e o crescimento dos empreendimentos liderados por mulheres. São eles: “Espaço Quero Empreender”, “Espaço Potencialize” e “Espaço Quero Acelerar”.

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(*) Com informações da Agência Brasil
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