Mourão diz que Silva e Luna, ‘como bom nordestino’, aguenta pressão na Petrobras

Hamilton Mourão, vice-presidente da República, em cerimônia no Palácio do Planalto (Foto: Antonio Molina/Folhapress)

Com informações da Folha de S. Paulo

BRASÍLIA – O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira, 14, que o general Silva e Luna, da Petrobras, aguenta a pressão, “como bom nordestino”.

O presidente da estatal está sendo criticado e pressionado no cargo, após realizar um mega-aumento no preço dos combustíveis, devido à guerra na Ucrânia.

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“Silva e Luna é resiliente, sempre foi. Como bom nordestino, aguenta pressão”, afirmou Mourão a jornalistas. O general é pernambucano.

O vice-presidente disse estar acompanhando a questão dos combustíveis e que o governo está procurando soluções, como a redução do PIS/Cofins.

Mas, criticou intervenção no preço da estatal, como foi sugerido por Jair Bolsonaro (PL), semana passada.

“Intervenção no preço é algo que a gente sabe como começa e o término é sempre uma bagunça”, disse.

No fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que qualquer um pode ser trocado no governo, quando questionado sobre a possibilidade de o general deixar o cargo.

General Silva e Luna é o responsável pelo comando da Petrobras (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Bolsonaro também evitou adjetivar a gestão do seu indicado à Petrobras, disse apenas que Silva e Luna está “investindo a médio e longo prazo”.

O presidente disparou, também, contra o reajuste da Petrobras, e disse que a empresa demonstra não ter sensibilidade com a população.

“É Petrobras Futebol Clube e o resto que se exploda”, afirmou.

A pressão de acionistas da Petrobras, por reajustes, e o receio de desabastecimento manifestado por integrantes da companhia e por políticos do Nordeste deflagraram a decisão da estatal de anunciar um mega-aumento nos preços de combustíveis.

O reajuste foi concedido após quase dois meses sem repassar para as bombas a alta dos preços internacionais do petróleo.

Integrantes do governo disseram à Folha que o presidente ficou contrariado com a decisão da estatal de anunciar o reajuste justamente na quinta-feira, data da votação do projeto que era a aposta do governo para conter os preços nas bombas.

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