‘Não sei como apareceu votos para ele’, diz vereador sobre eleição de presidente Lula

Ívina Garcia – Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS (AM) – O vereador Roberto Sabino (Podemos) questionou a lisura do rito eleitoral que deu a vitória ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições de 2022, durante sessão da Câmara Municipal de Manaus nesta segunda-feira, 21.

“As pessoas falam que ele (Lula) foi eleito, mas não pode nem andar na rua. Não sei como apareceu esses votos para ele, muita gente sabe e não pode falar“, disse o vereador Roberto Sabino, insinuando que não houve integridade no rito eleitoral.

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Cumprindo o sexto mandato como vereador de Manaus, Sabino era 1º suplente de Amom Mandel (Cidadania) e assumiu o posto após a saída de Amom para assumir o cargo de deputado federal em Brasília. Em 2020, nas eleições municipais, Roberto Sabino conquistou 5.152 mil votos válidos, mas não conseguiu uma das 41 vagas na Casa Legislativa.

O discurso contra o resultado das urnas foi proferido durante votação de moção de repúdio direcionada o presidente da República, por ter se posicionado contra pessoas civis terem porte de arma. A Moção nº 195/2023 foi protocolada pelo vereador Capitão Carpê (Republicanos), que também usou a tribuna para se posicionar contra o presidente Lula, chamando a declaração de “canalha“.

“Mais uma vez uma forma de repudiar as palavras canalhas do presidente da República. Infelizmente, foi inoportuno quando, na verdade, a gente não vê nenhum tipo de discurso igual esse a criminosos. A gente não pode permitir esse tipo de discurso, ele sabe a importância do cidadão ter uma arma de fogo para se defender, porque se não fosse assim, ele não andaria com segurança armada“, justificou o vereador, que teve a Moção aprovada por 34 votos contra cinco.

Em contrapartida, o vereador Marcelo Serafim (Avante) rebateu a justificativa, lembrando que Lula não anda armado e por ser chefe de Estado precisa andar com seguranças. “Presidente Lula é uma autoridade, e como uma autoridade ele é protegido pela Polícia Federal, são policiais e esses efetivamente tem que estar armados. Agora, o cidadão não tem que estar armado e o bandido tem que ser tratado como bandido“, pontuou.