Nasa: telescópio James Webb registra novas imagens dos anéis e luas de Netuno

Com informações do Uol

MANAUS – O Telescópio Espacial James Webb registrou novas imagens de tirar o fôlego. O alvo da vez foi Netuno, o último planeta do Sistema Solar. Podemos vê-lo em detalhes sem precedentes, incluindo seus anéis e luas.

As imagens foram divulgadas nessa quarta-feira, 21, pela Nasa e a Agência Espacial Europeia (Esa), parceiras no projeto do telescópio. Recentemente, ele também registrou Júpiter e Marte de maneira impressionante.

Netuno aparece com a maior nitidez já vista. Compare abaixo com os registros do Telescópio Hubble, em 2021, e da sonda Voyager 2, em 1989:

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Esta foto detalha 7 das 14 luas do planeta. Estão aí Galatea, Naiad, Thalassa, Despina, Proteus e Larissa. Triton aparece mais acima, com um brilho intenso (SPACE TELESCOPE SCIENCE INSTITUT / ESA/WEBB / AFP)

Na luz visível, a mesma que enxergamos com nossos olhos, o planeta é azulado. Nos registros do James Webb, porém, ele ganhou um aspecto etéreo e brilhante, pois foi observado, pela primeira vez, em comprimentos infravermelhos de luz, pelos potentes instrumentos do telescópio.

Assim, foram revelados detalhes até então invisíveis, como sua atmosfera, as faixas claras de poeira e a totalidade de seus anéis — como os de Saturno, mas muito tênues, que haviam sido observados apenas na década de 1980, quando a Voyager 2 sobrevoou o planeta.

“Faz mais de 30 anos desde quando vimos pela última vez estes anéis fracos de poeira; e esta é a primeira vez que os observamos na luz infravermelha”, disse Heidi Hammel, cientista interdisciplinar do Webb.

O supertelescópio James Webb segue registrando imagens impressionantes do espaço e, nesta quinta-feira (22) SPACE TELESCOPE SCIENCE INSTITUT / ESA/WEBB / AFP

Também podemos ver sete das 14 luas conhecidas do planeta: Tritão (a maior e mais afastada delas), Galateia, Náiade, Talassa, Despina, Proteu e Larissa.

Tritão, onde há muito nitrogênio condensado, reflete cerca de 70% da luz solar que o atinge. Por isso, o satélite natural parece tão brilhante quanto uma estrela.

As imagens foram capturadas pelo principal instrumento do telescópio, a NIRCam (Near-Infrared Camera ou câmera de infravermelho próximo), que opera em comprimentos de onda de 0,6 a 5 mícrons. Ela é capaz de atravessar o metano gasoso do planeta, que absorve a luz vermelha, dando a aparência azul.

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