No Amazonas, trechos da BR-319 são interditados para reparos emergenciais

Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – Os trechos do Rio Curuçá e Autaz Mirim, localizados nos quilômetros 23 e 25 da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO), estão com o tráfego interditado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), desde a madrugada desta terça-feira, 7, para reparos emergenciais.

As pontes desabaram entre setembro e outubro de 2022, quatro pessoas morreram e outras 14 ficaram feridas. Conforme informações do grupo de Amigos e Defensores da BR-319, a estrada aterrada do Rio Autaz Mirim, construída de forma emergencial para garantir a passagem após a queda das pontes, está sendo afetada pela subida dos rios e por isso precisa de reparos emergenciais.

Em nota, o DNIT informou que a interdição ocorreu para a realização de serviços de manutenção na passagem seca de Autaz Mirim, mas que as atividades já foram finalizadas. Ainda segundo a Autarquia, a previsão é que o tráfego nas travessias seja restabelecido ainda nesta terça-feira até as 14h, podendo ocorrer antes.

Um vídeo enviado à reportagem mostra que a galeria utilizada para escoar a água não está mais suprindo as necessidades. Ainda de madrugada, trabalhadores estiveram no local para iniciar os reparos, e precisaram remover parte do aterro da ponte, cortando a ligação da estrada.

No km 25, no Rio Curuçá, foi disponibilizada uma balsa para travessia 24h por dia. No entanto, vídeos enviados à REVISTA CENARIUM mostram que o atravessador acaba submerso com a subida das águas, dificultando o tráfego de veículos.

Veja vídeo:

Contrato

Disponibilizadas pela empresa Amazônia Navegações, tanto a passagem seca quanto a balsa têm como objetivo garantir a continuidade do trânsito enquanto as pontes são reconstruídas. Ambas as soluções eram consideradas temporárias, já que apenas a Ponte do Rio Curuçá possui contrato de construção.

O contrato de construção da Ponte do Rio Curuçá já foi publicado, porém, para as obras de Autaz Mirim, o DNIT tem a expectativa de concluir a contratação emergencial e assinar o contrato com a empresa no início de 2023. A Autarquia ressalta que, de acordo com o artigo 75 da Lei nº 14.133/2021, o prazo para as obras contratadas de forma emergencial é de até um ano. 

Com o valor de R$ 3.569.925,36, a empresa Amazônia Navegações é responsável tanto pela obra da construção da ponte no Rio Curuçá quanto pela balsa colocada no local para atravessar caminhões e veículos. O contrato com a empresa dura até março de 2024.

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