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No PA, indígenas liberam trecho da BR-230 nas proximidades da Usina de Belo Monte, após interdição
O bloqueio estava localizado no km 786 em frente a uma Base de Segurança Territorial da Etnia Arara. Foto: Divulgação/PRF
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16 de fevereiro de 2022
Malu Dacio – Da Revista Cenarium
MEDICILÂNDIA/PA — Após interdições na rodovia, ao longo de todo o dia e noite dessa terça-feira, 15, até a tarde desta quarta-feira, 16, o tráfego na BR-230 (Transamazônica) foi totalmente liberado. As informações foram confirmadas, em nota, pelo setor de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
As informações obtidas pela REVISTA CENARIUM são de que os manifestantes indígenas seguem para a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Altamira (PA), onde será realizada uma reunião para decidir os rumos das reivindicações.
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A liderança indígena paraense Leo Xipaya afirmou que eles vão conversar com o governo federal para fazer solicitações e cobrar medidas de proteção e um plano ambiental para as aldeias que residem nas proximidades da Usina de Belo Monte.
“Nós estamos nos retirando da BR-230. Algumas etnias ainda permanecem no local das manifestações, mas nós estamos indo em direção à Funai”, disse Leo.
O fim do bloqueio aconteceu após uma série de conversas e tratativas com a Polícia Rodoviária Federal que estava no local para organizar a inviabilidade do tráfego.
No médio Xingu, aproximadamente 170 indígenas de seis etnias interditaram o tráfego na BR-230 (Transamazônica) entre os municípios de Uruará e Medicilândia, no Sudoeste do Pará, durante uma manifestação que teve início às 5h da manhã de ontem, 15.
Os manifestantes pedem proteção aos indígenas da região da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Havia uma reunião marcada com órgãos governamentais e a empresa Norte Energia, contestada pelos indígenas, mas foi cancelada. A intenção dos manifestantes é de manter o bloqueio no intuito de reaver a reunião.
Os manifestantes cobram cumprimento de condicionantes do plano básico ambiental estabelecidos na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte que, segundo os indígenas, não estariam sendo cumpridas. Entre as demandas, está a implantação de uma unidade de proteção de aldeias na região da usina.
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