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‘Norte tem produção autoral com linguagem única’, afirma curadora da ‘Feira na Rosenbaum’
Fundadora e curadora do encontro de artistas e designers independentes, Cris Rosenbaum (Divulgação)
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22 de maio de 2023
Bruno Mazieri – Especial para Revista Cenarium
MANAUS – Pela primeira vez no Norte do País, a Feira na Rosembaum chega a Manaus no dia 8 de junho, na sede da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), localizada no bairro Parque 10, zona Sul da capital. A fundadora e curadora do ‘encontro’ de artistas e designers independentes – como é descrito o evento – Cris Rosenbaum conversou, com exclusividade, com a REVISTA CENARIUM.
Na oportunidade, ela contou como é sua relação com o Amazonas, que iniciou aos 11 anos de idade, como está sua expectativa para a realização da feira em Manaus e como enxerga o material produzido por artistas locais. “Particularmente, acho que o uso de materiais naturais da região é sempre feito de forma consciente e original”, completa ela.
REVISTA CENARIUM (RV): Como está a sua expectativa para trazer para o Norte do País, pela primeira vez, uma edição da Feira na Rosenbaum?
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Cris Rosenbaum (CR) – Estamos muito animados! As expectativas são grandes já que esse é um passo que sempre tivemos vontade de dar na feira, realizar em um Estado tão importante culturalmente para o Brasil como o Amazonas.
RV: Como é sua ligação com Manaus e o Amazonas de forma geral?
CR – Já tive o prazer de visitar o Amazonas algumas vezes, sendo a primeira delas com 11 anos em uma viagem com meu pai. É uma relação de muito tempo e de lá pra cá, sempre mantive relações próximas tanto pessoais quanto com a “Feira na Rosenbaum” mais adiante, com projetos de impacto e conscientização da região, divulgando e fomentando esses projetos, visitando povos indígenas, e trazendo algumas dessas comunidades para a feira em São Paulo.
RV: Você já esteve em Novo Airão em outra oportunidade. Como foi sua experiência?
CR – Estive no ano passado e foi uma experiência única na minha vida. É o tipo de viagem que indicaria para todo mundo fazer.
RV: É de conhecimento geral que a feira visa valorizar o design brasileiro e, consequentemente, os produtos com ‘a cara’ do Brasil. Como é sua percepção, enquanto curadora, das peças produzidas no Norte do Brasil?
CR – O Norte tem uma produção autoral com uma linguagem muito única, a diversidade da natureza e também cultural de cada Estado tem uma influência inegável nas criações que saem dali. Particularmente, acho que o uso de materiais naturais da região é sempre feito de forma consciente e original.
RV: Com o período pandêmico, as pessoas ficaram mais em casa e sentiram a necessidade de dar novos ares aos ambientes e isso, claro, reflete na arquitetura e no design. Como você enxerga o mercado atualmente diante desse olhar ‘para dentro’ de casa?
CR – Acho que além da estética, esse olhar para dentro da casa tem que se fortalecer quando a gente fala de conscientização. Nossas escolhas pessoais têm, sim, muito impacto no meio ambiente e na busca por relações mais sustentáveis, e isso passa pela decoração.
Fortalecemos esse mercado mais transparente, que quer contar quem fez e de onde vieram as peças que serão parte da sua casa, que se preocupa com processos mais sustentáveis e menos agressivos com o meio ambiente. Acho que esse é um ponto que tem tido mais atenção nos últimos tempos e que nos interessa muito na feira.
RV:Quando a feira foi criada, lá em 2012, você imaginava que conseguiria ‘unir’ o Brasil em torno de um tema? E como enxerga isso agora?
CR – A feira teve uma trajetória muito orgânica e natural em torno destes temas, no começo juntávamos amigos e isso foi se expandindo cada vez mais. Sempre gostei e viajei muito pelo Brasil e essas conexões foram surgindo muito a partir dessas experiências. Acho que a rede de amigos, designers, artistas e artesãos de todo o País que construímos ao longo destes anos, é a parte mais importante do nosso trabalho, e a que mais queremos expandir e fortalecer.
RV:A edição Manaus contará com o estilista amazonense Maurício Duarte. Essa integração de moda e arquitetura está cada vez mais comum em projetos e ambientes?
CR – A moda tem um papel fundamental na expressão cultural de um local, sempre tivemos um espaço para ela na nossa curadoria. Nesta edição, vai ser uma honra ter o trabalho do Maurício com a gente, ele tem uma criação autoral que admiramos muito.
RV: Quais são os próximos passos da Feira na Rosenbaum?
CR – Continuar falando de Brasil, chegar em mais Estados e conhecer e contar cada vez mais histórias por meio do nosso trabalho.
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