ONU oferta programa de bolsas para jovens indígenas e quilombolas brasileiros

O treinamento foca em ferramentas teóricas e será dividido em duas etapas (Joanderson Gomes Pankararu/Reprodução)
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – A Organização das Nações Unidas (ONU) está com inscrições abertas para o Programa de Bolsas Indígenas de Língua Portuguesa da instituição. A ação é destinada para representantes indígenas e quilombolas do Brasil e visa ampliar o conhecimento dos povos originários e tradicionais quanto a questões vinculadas aos direitos humanos. O prazo para inscrição encerra nesta sexta-feira, 7 de abril, e os interessados devem preencher um formulário disponível neste link.

De acordo com informações publicadas na Fundação Nacional dos Povos Indígenas, o treinamento foca em ferramentas teóricas e será dividido em duas etapas. A primeira será no Distrito Federal, em Brasília, e a segunda no Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), localizado em Genebra, na Suíça.

Dispondo de foco teórico e de incidência política, o programa possibilita a aprendizagem de métodos mais eficazes para que os bolsistas participantes defendam o direito de suas comunidades e projetem as pautas indígenas em âmbito mundial.

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Sobre o programa

Segundo a página do governo federal, a seleção dos participantes será realizada por equipe composta de representantes da ONU Direitos Humanos e representantes de instituições parceiras. “A seleção dos bolsistas refletirá um equilíbrio de gênero e região, levando-se em consideração o contexto geral de direitos humanos e a situação da comunidade indígena a qual o requerente pertence“.

A primeira etapa do treinamento preparatório terá duração entre duas e três semanas. A segunda fase será uma visita, de um mês de duração, a Genebra, na Suíça, “onde os bolsistas vão participar de sessões relevantes sobre os principais mecanismos de direitos humanos“, informa a Funai.

A ONU reforça que são incentivadas as nomeações de mulheres e jovens, bem como de comunidades indígenas e quilombolas e também frisa que “membros de comunidades LGBTIQA+, dos indígenas de língua portuguesa, enfrentam barreiras adicionais, mesmo em suas próprias comunidades“. Conforme a organização, “esses papéis têm mudado, nos últimos anos, à medida que aumentam as ameaças contra seus direitos à terra e aos recursos naturais. A título de exemplo, um número recorde de mulheres indígenas concorreu às eleições de 2022 no Brasil“.

(*) Com informações da ONU Direitos Humanos e Funai
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