Orçamento Geral da União de 2023 é sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante seu discurso na cerimônia de posse no Congresso Nacional (Valter Campanato/Agência Brasil)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – Quase um mês após a aprovação pelo Congresso, o Orçamento Geral da União de 2023 foi sancionado nesta terça-feira, 17, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União. O texto teve apenas um veto a um artigo que criaria uma nova identificação orçamentária para os R$ 145 bilhões fora do teto autorizado pela Emenda Constitucional da Transição.

Segundo o texto de justificativa, o veto foi pedido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento. A pasta argumentou que a criação de uma identificação separada aumentaria a rigidez e a ineficiência do Orçamento.

Aprovado pelo Congresso, em 22 de dezembro, no último dia do ano legislativo, o Orçamento de 2023 só foi votado após o acordo que permitiu a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que autorizou o gasto de até R$ 145 bilhões além do teto, mais investimentos de R$ 23 bilhões, caso haja excesso de receitas.

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O Orçamento não menciona o valor do salário-mínimo, que precisa ser definido por lei específica (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O Orçamento estabelece uma previsão de déficit primário – resultado negativo nas contas do governo, sem os juros da dívida pública – de R$ 231,5 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um pacote que pretende aumentar a arrecadação e revisar gastos para melhorar as contas públicas e diminuir o déficit para cerca de R$ 100 bilhões.

Emendas de relator

Conforme o acordo entre o governo e o Congresso, o Orçamento de 2023 redistribuiu os R$ 19,4 bilhões das emendas de relator, consideradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo texto aprovado, o relator-geral poderá destinar até R$ 9,85 bilhões (50,44% do total) em emendas vinculadas a políticas públicas. Os R$ 9,55 bilhões restantes reforçaram as emendas individuais impositivas.

O Orçamento não menciona o valor do salário-mínimo, que precisa ser definido por lei específica. O relator da proposta, no Congresso, senador Marcelo Castro (MDB-PI), destinou R$ 6,8 bilhões que bancariam o salário-mínimo de R$ 1.320. No entanto, por causa da concessão extra de aposentadorias e pensões, pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no segundo semestre do ano passado, os recursos já estão consumidos. Por enquanto, continua valendo o salário-mínimo de R$ 1.302, definido por medida provisória, em dezembro, pelo governo.

(*) Com informações da Agência Brasil
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