Organização faz mobilização virtual contra PL que ameaça demarcações de terras indígenas


26 de maio de 2021
Organização faz mobilização virtual contra PL que ameaça demarcações de terras indígenas
Movimental virtual é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib)(Reprodução/Apib)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – Um grande movimento virtual está sendo organizado nesta quarta-feira, 26, contra o Projeto de Lei (PL) 490/2007, que permite que o governo retire da posse de povos indígenas áreas oficializadas. Com as hashtags #PL490NÃO e #TerraIndigenaFica, o tuitaço está centralizado a partir das 9h (horário de Brasília) no Twitter. A mobilização ocorre durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados que deve votar o PL ainda nesta quarta.

O movimento é organizado pela A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e se manifesta contra o projeto de relatoria de Arthur Maia (DEM-BA) e autoria de Homero Pereira (PR-MT), já falecido. “A proposta representa uma ameaça real de novo genocídio, pois retira o reconhecimento de territórios já demarcados e impede o andamento de novos processos”, segundo as organizações indígenas.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) organiza o movimento virtual (Reprodução/Twitter)

A proposta altera o Estatuto do Índio (Lei 6.001/1973) e atualiza o texto da PEC 215. Segundo a Apib, atende apenas aos interesses dos ruralistas. Artistas como a atriz Leandra Leal e o humorista Fabio Porchat se uniram ao movimento e estão fazendo parte do tuitaço.

A atriz Leandra Leal faz parte do movimento virtual no Twitter (Reprodução/Twitter)
O humorista Fabio Porchat faz parte do movimento virtual no Twitter (Reprodução/Twitter)

Permissões

Se aprovado, o PL transfere para o Congresso a última palavra na demarcação das terras indígenas com poder de rever as áreas já demarcadas e de proibir a ampliação das reservas já existentes. Atualmente, a prerrogatia de decidir sobre essas áreas é da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério da Justiça, baseados no Estatuto do Índio.

O projeto permitirá a implantação de hidrelétricas, mineração, estradas e arrendamentos, entre outros, eliminando a consulta livre prévia e informada às comunidades afetadas. A proposta também permite retirar o “usufruto exclusivo” dos indígenas de qualquer área “cuja ocupação atenda a relevante interesse público da União”.

O que você achou deste conteúdo?

VOLTAR PARA O TOPO
Visão Geral de Privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.