Pacote de bondades visando a reeleição de Bolsonaro inclui correção de tabela do IR e reajuste a servidores

Guedes só fez a ressalva de que esta bondade poderia ficar para o ano que vem (Arte: Isabelle Chaves/CENARIUM)

Se a tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas for corrigida em 10% terá um custo anual de R$ 14,6 bilhões para os cofres públicos ou R$ 1,22 bilhão por mês. A simulação foi feita pelo Sindifisco Nacional, entidade que representa os auditores fiscais da Receita Federal. Sem citar a porcentagem da correção, o então deputado federal e candidato a presidente, Jair Bolsonaro, fez essa promessa em 2018 e o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que ela será cumprida. O ministro, em evento do Bradesco, respondeu sim, à pergunta do anfitrião sobre a correção da tabela do IR.

Fica para 2023

Guedes só fez a ressalva de que esta bondade poderia ficar para o ano que vem. O problema é que a eleição será em 2 de outubro. Os técnicos da equipe econômica não acreditam que a tabela do IR será corrigida depois de Bolsonaro ter determinado reajuste de 5% para todos os funcionários públicos. As maiores defasagens da tabela do IR, se confrontada com a inflação do período, aconteceram com Bolsonaro, e foram da ordem de 20%, de 2019 a 2021. Números muito desfavoráveis a Bolsonaro, o que faz aumentar a aposta na próxima bondade.

Eleitor Jovem

Mesmo alegando não estar preocupado com a campanha de mobilização da esquerda para cooptar votos dos jovens para o candidato petista, o comando da campanha do presidente Jair Bolsonaro planeja usar suas redes sociais para mobilizar os jovens conservadores para também tirarem seus títulos e defenderem suas ideias. Diante da investida petista, já houve uma troca de ideias entre pessoas ligadas a Carlos Bolsonaro para que, cada um em seu segmento, sugira como será o trabalho de mobilização, via internet, para a produção de memes e inserções especiais para atrair esses jovens.

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Alckmin coordena Reforma

Em encontro com sindicalistas, Lula indicou que Alckmin pode coordenar a mesa de negociações sobre a Reforma Trabalhista. O PT aprovou uma proposta de programa para a federação com PV e PCdoB, na qual volta a usar a palavra revogação em referência à reforma. Mais uma vez, Lula voltou a dizer que os empresários serão chamados para negociar e chamou de “ignorantes” quem diz que os sindicatos querem prejudicar as empresas. Segundo Lula, o objetivo da mudança na legislação trabalhista não é uma volta ao passado, mas uma tentativa de adaptar as novas relações de trabalho do século 21.

Ciro isolado

Falando em Lula e Alckmin, os dois receberam apoio de sete das maiores centrais sindicais do Brasil em um grande ato em São Paulo. Das grandes centrais, só a CSB, ligada ao PDT, não compareceu. Com isso, Lula isola Ciro no meio sindical. O isolamento deve se refletir no 1º de maio. Embora todos os candidatos do campo democrático sejam convidados, Lula e Alckmin foram os únicos que confirmaram presença até agora. Petistas avaliam que outros presidenciáveis vão declinar por receio de vaias. Portanto, Lula deve ser a grande estrela do ato pelo Dia do Trabalho, organizado pelas centrais na praça Charles Miller.

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