Pesquisador brasileiro prova que meditar antes das provas melhora desempenho de estudantes

O neurocientista, psicanalista e hipnoterapeuta Dr. Sergio Enrique Faria. (Arquivo Pessoal)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium*

MANAUS – Durante o período de provas, é comum que estudantes e concurseiros fiquem nervosos, e meditar antes das avaliações é uma forma de melhorar o desempenho e os resultados das notas, segundo o que apontou a tese de doutorado “Neurociência e Educação: Efeitos da meditação em estudantes do Ensino Médio durante o período de provas”, do neurocientista, psicanalista e hipnoterapeuta Dr. Sergio Enrique Faria.

Segundo o professor, no consultório onde atende pacientes sempre chegam estudantes e concurseiros que ficam nervosos e chegam a passar mal no período de provas, o que prejudica as notas e leva, em alguns casos, à reprovação. O pesquisador afirma que em situações de muito estresse e ansiedade, o organismo responde produzindo aumento na produção de adrenalina e cortisol, o que causa os “sintomas” do nervosismo.

“Neste momento, podem ocorrer sensações desagradáveis, como aumento da tensão muscular e da pressão arterial, aceleração dos batimentos cardíacos e sudorese. Este estado fisiológico é chamado de estresse e se ocorrer no momento das provas pode ocasionar o temível ‘branco'”, explica ele.

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O pesquisador cita, ainda, que qualquer pessoa pode sentir esses terríveis sintomas. “Esta circunstância acaba por prejudicar boa parte dos estudantes e até mesmo alunos aplicados e estudiosos são derrotados e reprovados pelo seu estado emocional“, afirma Sergio Enrique Faria, lembrando que foi a partir desses casos que surgiu a “inspiração” para a tese de doutorado.

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Dr. Sergio Enrique Faria comprovou os benefícios da meditação no desempenho de provas. (Arquivo Pessoal)

Pesquisa

A pesquisa foi realizada com 170 estudantes — divididos em grupos — os respectivos pais ou responsáveis, além de 14 professores que lecionavam aos alunos. Os alunos do grupo experimental foram submetidos a técnicas de meditação momentos antes do início da prova, enquanto os do grupo de controle, fizeram as provas normalmente sem meditar.

Os pais e responsáveis responderam a um questionário dizendo se percebiam alguma alteração nos níveis de estresse, ansiedade e nervosismo dos estudantes durante o período de provas e se acreditavam que esse estresse já possa ter interferido em seu desempenho.

Os professores responderam um questionário com as mesmas perguntas, além de revelar se possuem formação ou competência para utilizar técnicas de relaxamento e meditação com os estudantes.

“O estudo concluiu que todos os professores e a maioria dos pais e responsáveis pesquisados reconhecem que os alunos ficam nervosos, estressados e ansiosos no período de provas e que este estado emocional pode afetar negativamente no seu desempenho”, contou o pesquisador. “Quanto aos alunos, todas as turmas que foram submetidas às técnicas de meditação, tiveram as médias maiores do que os grupos de controle que realizaram a mesma prova”.

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Técnicas

Sergio Enrique Faria explica que as técnicas para diminuir o nervosismo e ansiedade são simples —respiração, imaginação e meditação —, mas precisam ser trabalhados constantemente. Entretanto, em alguns casos, os estudantes apresentam traumas ou transtornos mais graves de ansiedade que necessitam ser tratados mais especificamente.

“A meditação é um hábito simples que pode ser aprendido, treinado e aperfeiçoado. É importante que a discussão sobre este tema faça parte da rotina nas escolas e cada vez mais professores e estudantes pesquisem sobre o assunto e o tornem um hábito em suas vidas”, conclui o pesquisador.

Pesquisador

Sergio Enrique Faria é doutor em Ciências da Educação, psicanalista, hipnoterapeuta, parapsicólogo, neurocientista membro da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento, neuroeducador com especializações em Neurociência Clínica e Educacional, Neuropsicopedagogia, Neuropsicologia, Psicanálise Clínica, Didática e Metodologia do Estudo.

Também é trainer e master practitioner com formações internacionais em Hipnose e Programação Neurolinguística (PNL), além de professor em cursos de MBA e pós-graduação, autor de livros e mais de 150 artigos em jornais e revistas. O pesquisador ainda é diretor do Estúdio da Mente.

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