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Pesquisadores querem medir volume de água no Pantanal mato-grossense
Vista aérea do Pantanal mato-grossense (Luciano Candisani/SOS Pantanal)
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25 de março de 2024
Davi Vittorazzi – Da Revista Cenarium
CUIABÁ (MT) – Um grupo de pesquisadores da Fundação Ecotrópica iniciou uma pesquisa para medir o volume de água no Pantanal mato-grossense. O lançamento foi realizado na última sexta-feira, dia 22, data em que foi celebrado o Dia Mundial da Água.
O principal objetivo da pesquisa, conforme afirmou o presidente da Fundação Ecotrópica e líder do estudo, Ilvanio Martins, é disponibilizar dados para que os governos criem políticas públicas voltadas à preservação do Pantanal.
A pesquisa faz parte do Projeto Chalana de Pesquisas, que consiste em uma embarcação utilizada como hospedagem para os pesquisadores enquanto eles identificam e analisam os dados coletados.
Toda a extensão do Pantanal, caracterizada por vastas planícies alagadas, integra a bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Os principais rios são o Cuiabá, São Lourenço, Piquiri, Taquari, Aquidauana, Miranda, Apa, além do Rio Paraguai, considerado o de maior porte na região.
A região de Porto Jofre, próxima ao Parque Estadual Encontro das Águas, localizado entre os municípios de Poconé e Barão de Melgaço (respectivamente a 104 e 121 quilômetros de distância de Cuiabá), será um dos pontos de maior concentração de atividades dos pesquisadores. O local também foi um dos mais atingidos pelas queimadas em 2020.
Mesmo após um dos maiores picos de queimadas em 2020, a proteção do bioma ainda é um desafio recorrente. Só no ano passado, o Pantanal em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foi atingido em mais de 1 milhão de hectares por incêndios florestais, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Níveis baixos em rios
Os rios que compõem a bacia do Rio Paraguai estão com os níveis abaixo do esperado para esta época do ano. A informação é do último boletim divulgado no dia 14 deste mês pelo Serviço Geológico do Brasil.
O informe aponta que a onda de calor que atingiu o País e as chuvas abaixo da média são as principais causas para a baixa dos níveis. A região do Alto Rio Paraguai é uma das mais afetadas, com os níveis mais baixos registrados na história para o começo do ano.
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