Petrobras reajusta gasolina em 18,77% e preço dobra em pouco mais de um ano. Diesel sobe 24,9%

Países cortam imposto e dão desconto para conter alta de combustíveis (Foto: Isaac Fontana / Agência O Globo)

Com informações Infoglobo

RIO — Após 57 dias a Petrobras fará ajustes nos preços de gasolina e diesel nas refinarias, ou seja, para as distribuidoras a partir dessa sexta-feira, 11. No caso da gasolina, a alta será de 18,77%, fazendo o preço mais que dobrar em pouco mais de uma ano. O GLP também vai subir, após 152 dias.

A partir dessa sexta-feira, 11, o preço médio de venda da Petrobras nas refinarias será:

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  • Gasolina: passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, avanço de 18,77%.
  • Diesel: passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, avanço de 24,9%.
  • GLP: passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, alta de 16,06%.

A Petrobras vinha sendo pressionada pelo governo a não elevar os preços, diante da escalada da cotação do petróleo com a guerra na Ucrânia, que encostou em US$ 140 no fim de semana passado. O governo estudava o congelamento de preços para evitar o impacto da alta dos combustíveis na população.

Em dezembro de 2020, a gasolina era vendida nas refinarias por R$ 1,83 o litro. Com a alta anunciada nesta quinta-feira, 10, o preço mais que dobra em pouco mais de um ano, com impacto na inflação.

O preço do petróleo bruto passa perto dos US$ 90, o barril, em junho de 2012, em meio à crise econômica na zona do euro. Até 2014, os preços evoluíram quase continuamente próximo dos US$ 100, sustentados pelo endurecimento das sanções contra o Irã e pelas tensões geopolíticas no Oriente Médio, em particular, pelo conflito na Síria.

Em nota, a Petrobras disse que o movimento de reajustes “vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda”.

A Refinaria de Mataripe, que pertencia à Petrobras foi privatizada recentemente, fez cinco reajustes desde janeiro e já estava vendendo diesel 35% mais caro que a estatal. A diferença de preço também levou a Ipiranga, uma das maiores distribuidoras do país, a controlar a venda do combustível.

Importadores de combustível vinham alertando que, se a estatal não reajustasse os preços, isso poderia causar desabastecimento.

E nota a Petrobras afirmou que, apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a empresa “decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo”.

“Após  serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, diz a empresa no comunicado.

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