Posses presidenciais têm registros históricos realizados por fotógrafos da Agência Senado

Fotos disponíveis no banco de imagens da Agência Senado rodam o mundo (Jefferson Rudy/Agência Senado)

BRASÍLIA – Momentos. É disso que o presente é feito. É isso que os fotógrafos capturam, primeiro com seus olhares, depois com suas lentes. Os fotógrafos do Senado eternizam todos os dias momentos que depois contarão a história do nosso País. Suas fotos, disponíveis no banco de imagens da Agência Senado, rodam o mundo. Com as imagens da posse presidencial que se aproxima, prevista para 1° de janeiro, não será diferente.

Geraldo Magela e Waldemir Barreto, já são profissionais conhecidos nesse evento que atrai tanta atenção. Magela faz essa cobertura fotográfica desde a época do presidente Collor, empossado em 15 de março de 1990. Ele ainda trabalhava para o Jornal de Brasília quando entrou, pela primeira vez, em contato com a solenidade.

“Sempre cobri política pelos jornais, mas cada posse é uma emoção diferente. Naquela, era uma emoção muito grande pela democracia, um processo que estava vindo”, lembra Magela, que passou a integrar o time de fotógrafos do Senado só dez anos depois, em 2000.

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Tancredo Neves foi o primeiro presidente eleito democraticamente após o regime militar, mas faleceu antes de assumir o cargo. Seu vice, José Sarney, foi quem assumiu a presidência do Brasil.

Sessão de posse do presidente José Sarney na Presidência da República (Reprodução/Arquivo do Senado)

Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto a tomar posse. Depois do impeachment, veio a posse de Itamar Franco, as duas posses de Fernando Henrique Cardoso, as duas posses de Lula, as duas posses de Dilma, outro impeachment, a posse de Michel Temer, e a última posse, do atual presidente Jair Bolsonaro. Magela fotografou todas elas.

Da época do rolo de filme

Waldemir começou a cobrir posses quando veio para o Senado, em 1998. Seu sonho sempre foi fazer fotos de meio ambiente, mas foi a política que o laçou. Sua primeira cobertura desse evento foi na reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1999. Naquele momento, a fotografia digital já começava a ser introduzida no Senado.

“A posse de 1999 foi a despedida do filme. Em 2000, começamos a trabalhar com fotografia digital no Senado e é uma diferença enorme. Fomos referência, uma vez que os jornais começaram por volta de 2005. Hoje, fazemos cerca de mil fotos por evento. Com o filme, não dava para ter tantas fotos assim”, compara.

Waldemir é, geralmente, escalado para cobertura dentro do Plenário, local de acesso muito restrito. Na posse presidencial, só dois fotógrafos, um do Senado e um da Presidência da República, têm acesso livre ao interior desse local e podem circular por entre as principais autoridades presentes. Nas últimas posses, o posto de Waldemir foi lá.

Posse do presidente Fernando Collor de Melo, em 15 de março de 1990, em sessão conjunta do Congresso Nacional (Reprodução/Arquivo do Senado)

“Quando estou trabalhando, sempre dou o melhor de mim, independente de estar cobrindo a posse de um presidente ou de um líder comunitário, são todos iguais. Meu objetivo é estar atento, olhar o todo e registrar o micro que mostra os pontos-chave dos fatos que, muitas vezes, passam despercebidos”, revela ele, deixando transparecer o senso de comunidade e a atenção aos detalhes, muito possivelmente adquirido em sua infância na tribo Guarani, de Mato Grosso do Sul, onde nasceu e viveu até os nove anos.

Postos da imprensa

Há outros seis postos destinados à imprensa no evento. Esses são também abertos à imprensa externa e todos, até os profissionais da Casa, devem ser credenciados, especificamente, para a solenidade. Há, inclusive, um hotsite sobre o credenciamento de imprensa criado, especificamente, para a posse presidencial de 2023.

Um desses postos é a rampa do Congresso Nacional, por onde está prevista a chegada e a saída do presidente empossado. Esse é um dos locais preferenciais de Magela, que gosta de sentir o calor do povo que vem prestigiar o evento. Ali são horas de espera, guardando o melhor lugar, por 15 minutos ou menos de captura de imagens.

“Para cada posse fico imaginando a fotografia que eu quero que aconteça para mim. A espera é longa, mas é a história do Parlamento. A imagem fica na memória da instituição e do Brasil. Acredito que, no futuro, quem vai salvar a História serão os órgãos públicos com seus arquivos”, preconiza.

Posse do presidente Itamar Franco (Reprodução/Arquivo do Senado)

Em várias posses, Magela também já fotografou de dentro do Palácio do Planalto, para onde o presidente do Congresso segue após a cerimônia no Parlamento. 

Por questões de segurança, o trânsito da imprensa é bloqueado 30 minutos antes da chegada da comitiva presidencial ao Congresso e liberado só após o ingresso das autoridades, no Plenário da Câmara dos Deputados, onde acontece a cerimônia. Também há interrupção de circulação nos espaços internos durante a saída da comitiva presidencial.

(*) Com informações da Agência Senado
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