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Possível mancha de petróleo na costa amazônica põe Ibama e Marinha em alerta
Área localizada na costa do Amapá, no litoral norte do Brasil (Victor Moriyama/Greenpeace)
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07 de fevereiro de 2024
Ricardo Chaves – Da Revista Cenarium
MANAUS (AM) – O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou, à REVISTA CENARIUM, a existência de vazamento de petróleo na costa brasileira. Em nota, o órgão informou que uniu esforços com a Marinha do Brasil para apurar a denúncia feita pelo Instituto Arayara. A área onde a mancha foi detectada está a 438 quilômetros da costa do Amapá.
“A data da ocorrência é de setembro do ano passado e foi constatada em águas internacionais, fora da Zona Econômica Exclusiva (ZEE). O Ibama ressalta que não existe registro de toque da mancha na costa brasileira“, disse o instituto em nota enviada à reportagem nesta quarta-feira, 7.
A região do provável vazamento é próxima de um local onde se busca viabilizar a exploração de petróleo. De acordo com a instituição denunciante, a mancha é estimada em quase 170 quilômetros quadrados (km²), o que equivale a cerca de 24 mil campos de futebol.
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Investigação
A Marinha do Brasil afirma que vai investigar “cuidadosamente” a denúncia de suposto vazamento de petróleo na costa amazônica. A situação foi comunicada no último dia 30 de janeiro pelo Instituto Arayara às autoridades brasileiras.
Em nota enviada à CENARIUM, o órgão disse que tomou conhecimento do provável vazamento de óleo apenas na última segunda-feira, 5, por meio do ofício do Ibama.
A Marinha afirmou, ainda, que “fiscaliza e ordena, regularmente, o tráfego aquaviário nas águas interiores e nas Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), espaço marítimo conhecido como Amazônia Azul, a fim de garantir a segurança da navegação, a proteção da vida humana no mar e a prevenção da poluição ambiental provocada por embarcações”.
Detecção
A suspeita de vazamento foi localizada por meio de imagens obtidas por uma detecção remota, utilizando as capturas de radar do satélite Sentinel-1, no mês de setembro, processadas por uma cooperação com outra organização parceira, a Skytruth.
Em vídeo divulgado nas redes sociais da ONG, o engenheiro ambiental George Mendes explicou como foi detectado a possível mancha de petróleo na costa amazônica.
Uma análise feita pela organização aponta que o vazamento pode ter origem em uma embarcação do Panamá, lançando mais dúvidas sobre a eficácia das medidas de controle existentes em um momento em que o País pleiteia abrir novas fronteiras de exploração de petróleo e gás na Amazônia.
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