Prioridade da campanha de Lula é evitar abstenção e a de Bolsonaro é apoiar Zema em MG

Lula avalia a migração de eleitores com a defesa do voto útil e Bolsonaro se anima com os ataques da campanha de Zema ao PT (Thiago Alencar/CENARIUM)

A chapa à Presidência da República Lula-Alckmin decidiu lançar, nos próximos dias, uma campanha contra a abstenção no dia da eleição. Sobretudo, após pesquisas terem apontado que o medo da violência política pode desestimular os eleitores a irem às urnas. Conseguir fazer com que os eleitores do petista compareçam nos locais de votação é a prioridade absoluta, agora, na reta final da campanha. Avalia-se que essa estratégia pode levar à vitória do 1° turno, somada aos movimentos de migração de eleitores com a defesa do voto útil, apostando em tirar ao menos dois pontos porcentuais de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).

Candidatos na Embaixada

Por falar em Tebet e Ciro, que como candidatos à Presidência já tiveram encontros na Embaixada dos Estados Unidos, agora é Lula que se encontra com o encarregado de negócios, uma espécie de embaixador interino, Douglas Koneff. Em nota, a embaixada explicou que a prática é praxe e acontece, nas eleições, “de forma privada, com partidos políticos e candidatos”. Com Jair Bolsonaro, a reunião não se realizou ainda por problemas da agenda do presidente. A propósito, o presidente-candidato, nesse momento, só tem uma obsessão: arrancar apoio explícito do governador Romeu Zema (Novo), muito bem posicionado na corrida ao Governo de Minas Gerais.

Zema

Tanto assim, que Bolsonaro segue nesta sexta-feira, 23, a Divinópolis e Belo Horizonte para participar de comícios e tentar reduzir ainda mais a diferença entre ele e Lula. O Palácio do Planalto aposta em Minas, e sua campanha distribuiu pelas redes sociais um vídeo no qual o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), aparece em imagens dando sinal positivo quando um candidato defende a sua eleição, a de Zema e a de Bolsonaro. O presidente quer muito esse apoio mais explícito de Zema e se animou com os fortes ataques da campanha do governador mineiro ao PT.

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Indígenas em BSB

Lideranças indígenas da Terra Indígena (TI) Karipuna, em Rondônia, já se encontram em Brasília para fazer um apelo aos órgãos públicos brasileiros e a outros países. Os indígenas pedem proteção ao povo e ao território Karipuna, invadido por grileiros e madeireiros. Participam da delegação na capital federal 13 indígenas, além das lideranças Karipuna, os povos Piripkura e Uru-Eu-Wau-Wau, que vivem com os Karipuna na aldeia Panorama no interior da TI.

Risco à sobrevivência

A extrema gravidade da situação coloca em risco a sobrevivência do próprio povo e motivou a presença de anciãos e sobreviventes do contato que, na década de 1970, quase dizimou os Karipuna. Com uma população reduzida, ameaçada e cercada por invasores, o risco de genocídio é, para este povo, uma ameaça concreta e imediata. Os indígenas cobram do governo brasileiro a proteção do território e de suas vidas. Além disso, reivindicam também a garantia de seus direitos, em especial, o acesso à educação e à saúde, que se encontram em completo abandono.

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