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Recluso há mais de um mês, Bolsonaro volta a discursar e incentiva atos golpistas de apoiadores
"Nada está perdido", afirmou o presidente da República (Reprodução/Internet)
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09 de dezembro de 2022
Da Revista Cenarium
MANAUS – Recluso há mais de um mês, o presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio, na tarde desta sexta-feira, 9, ao falar com os apoiadores na área externa do Palácio da Alvorada. Com um discurso de incentivo às mobilizações e atos golpistas, o ainda presidente da República afirmou aos simpatizantes que “nada está perdido”.
“Sabemos que o tempo voa. Cada minuto é um minuto a menos. Vamos fazer a coisa certa, diferentemente de outras pessoas. Vamos vencer (…). Hoje, estamos vivendo uma encruzilhada. Estamos vivendo um destino. Quem decide são vocês (…). Nada como o tempo para fazer cada um de nós melhor. Devemos pensar dessa maneira. Qual o futuro do Brasil? Não vou falar do outro lado político, mas por que chegamos a esse ponto? Nunca é tarde para acordarmos“, declarou Bolsonaro.
Em vídeo disseminado nas redes, o presidente ressaltou, ainda, ser o chefe das Forças Armadas e ter “despertado o patriotismo no Brasil”. Bolsonaro afirmou que assume os erros, caso algo der errado, pedindo para que seus apoiadores se mantenham atentos e informados.
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“Tenho certeza que entre as minhas funções garantidas na Constituição é ser o chefe Supremo das Forças Armadas. As Forças Armadas são essenciais em qualquer País do mundo. Sempre disse, ao longo desses quatro anos, que as Forças Armadas são o último obstáculo para o socialismo (…). Se algo der errado é porque eu perdi a minha liderança. Eu me responsabilizo pelos meus erros. Mas peço a vocês: não critiquem sem ter certeza absoluta do que está acontecendo“, destacou o presidente que pediu melhor tratamento em relação aos apoiadores.
“(…) vocês são cidadãos, e está na hora de pararem de tratar como outra coisa, aqui, no Brasil. Acredito em vocês, vamos acreditar em nosso País e, se Deus quiser, tudo dará certo”, disse Bolsonaro ao se despedir dos eleitores inconformados com a derrota do presidente para Lula (PT), nas eleições do dia 30 de outubro deste ano.
No discurso, Bolsonaro citou o período em que ficou calado por quase 40 dias e, segundo o presidente, o silêncio e a reclusão foi um modo de não ter as falas “deturpadas”. “Tudo seria deturpado, tudo seria distorcido. Todos nós sabemos o que aconteceu ao longo desses quatro anos, ao longo do período eleitoral, e o que foi anunciado pelo TSE”, justificou.
Desde o resultado nas urnas, diversas manifestações são realizadas em diferentes cidades do Brasil. Os manifestantes contestam, sem provas, o resultado da eleição no segundo turno. Os atos antidemocráticos têm como um dos principais pedidos a volta da intervenção militar (considerado crime pela Constituição Brasileira).
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