Representatividade: veja cinco livros infantis com personagens negros protagonistas

Livros representativos ajudam na formação e na autoestima da criança (Reprodução/ Internet)

Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – A infância é um período de descobertas e aprendizados. É nessa fase que a criança busca referências para o cotidiano. Além dos pais, amigos e parentes que acabam sendo o principal referencial no quesito comportamental, elas também se espelham em desenhos, livros e tudo aquilo que está ao seu alcance. Por essa razão, veja cinco livros infantis com personagens negros protagonistas, listados pela CENARIUM nesta terça-feira, 13.

Infelizmente, quando se trata de protagonismo negro, as crianças não têm muitas opções disponíveis, além do provável universo ao redor.  A representatividade seja ela na TV, no teatro, no ambiente de trabalho ou até mesmo nos brinquedos é peça-chave para auxiliar a compreensão da existência da diversidade não só de raça, mas de biotipos, religião, costumes e culturas.

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Nessa perspectiva, a representatividade preenche as lacunas deixadas por anos, rompe padrões e auxilia nos cuidados da autoestima do indivíduo desde a infância. Para a educadora infantil e pedagoga, Francisca da Silva, 60 anos, a educação é a ferramenta para que isso ocorra, ainda que não seja exatamente na escola.

“Nesse sentido, a educação tanto em casa quanto nas escolas se completam. Na inocência da literatura infantil, a princesa presa na torre do castelo, o bravo guerreiro que luta contra o mal e todas as temáticas que desenvolvem o lúdico podem sim serem contados por um personagem negro”, pontua a professora.

1 – O Pente que Penteia

O primeiro deles é o livro O Pente que Penteia. Feito em estilo poético e com rimas, ele ensina de uma forma lúdica sobre amar o próprio cabelo. Ele também ensina sobre as diferentes formas de cabelo. Tudo guiado a partir das indagações do dia a dia. A obra é escrita por Olegário Alfredo e ilustrado por Iara Rachid

O Pente que Penteia publicado em 2015 (Reprodução/ internet)

2 – Cadernos de Rimas do João

O livro retrata a história de João. Com muitas cores e ludicidade, o primeiro livro escrito pelo o ator Lázaro Ramos aborda assuntos sérios que representam a realidade de muitos negros. Preconceitos e representatividade são pontos retratados na obra em que João é um protagonista cativante. O livro foi publicado pela editora Pallas e possui uma arte caprichada.

Caderno de Rimas do João publicado em 2015. (Reprodução/internet)

3 – Nó na Garganta

Neste volume, temos a história de Tânia, uma menina de 10 anos de idade. A garota que é pobre e negra enfrenta inúmeras dificuldades e preconceitos. Ela toma um ar de esperança quando seus pais decidem mudar de vida para cuidar dos patrões.

A casa de veraneio fica localizada no litoral e, ao decorrer da história a pequena Tânia vai confrontando situações, amargando experiências até encontrar a verdadeira identidade. O livro é uma obra de Mirna Pinky e publicado pela editora Atual.

Nó na Garganta, publicado em 2009 (Reprodução/internet)

4 – O Pequeno Príncipe Preto

Um livro escrito por Rodrigo França, O Pequeno Príncipe Preto traz à tona a importância da valorização de mesmo. O literário conta de forma lúdica a trajetória de um menino em companhia de sua parceira, a árvore Baobá.

Durante a narrativa, ele viaja por diversos planetas, dividindo e espalhando amor, empatia e carinho aos que o encontram no meio do caminho. O livro ressalta a importância das origens e do afeto.  A publicação é da editora Nova Fronteira

Pequeno Príncipe Preto, publicado em 2020 (Reprodução/ internet)

5 – Menina Bonita do Laço de Fita  

O livro é um clássico infantil feito pela escritora e jornalista Ana Maria Machado. Apresenta uma história infantil que retrata temas voltados ao respeito e às diferenças, e a luta contra o racismo de forma leve e divertida.

A história se passa em volta do encantamento de um coelho branco por uma linda menina negra e toda vez que ele pergunta o segredo de sua cor, ela inventa uma nova história. Este livro possui Guia do Professor. A publicação fica por conta da editora Átila infantil.

O clássico foi publicado a primeira vez em 1989 (Reprodução/internet)

Edição: Carolina Givoni

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