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Rosto da primeira múmia grávida descoberta no Egito é reconstituído por cientistas
Possível rosto reconstruído da primeira múmia grávida descoberta no mundo - (Reprodução/Warsaw Mummy Project Human no Facebook)
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17 de novembro de 2022
Da Revista Cenarium (*)
MANAUS – Um grupo de cientistas usou técnicas de computação para reconstruir o rosto da que é apontada como a primeira múmia egípcia grávida descoberta no mundo. O corpo da mulher, batizada de “Dama Misteriosa”, foi encontrado em 1826 e levado do Egito para a Polônia anos mais tarde.
Os pesquisadores estudaram o crânio e outros restos mortais para tentar revelar como ela se parecia enquanto estava viva, há cerca de 2.000 anos. Foram produzidas duas imagens virtuais, com o uso de técnicas em 2D e em 3D.
Encontrada durante escavações em Luxor, no sul do Egito, a múmia estava envolta em um tecido e próxima de amuletos —os objetos, segundo acreditavam os egípcios, os acompanhavam após a morte.
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“Os ossos e o crânio fornecem muitas informações sobre o rosto de um indivíduo”, disse a antropóloga forense italiana Chantal Milani, membro do projeto Múmia de Varsóvia, responsável pela “Dama Misteriosa”. “O crânio é único e mostra um conjunto de formas e proporções que aparecerão no rosto ao ser finalizado, ainda que o retrato não possa ser considerado exato.”
Estima-se que a mulher tinha cerca de 20 anos quando morreu. Recentemente, os pesquisadores passaram a trabalhar com a hipótese de que ela tenha falecido em decorrência de um câncer.
O artista forense Hew Morrison, que trabalhou no projeto, explicou que a reconstrução facial é usada principalmente na medicina forense para ajudar a determinar a identidade de um corpo quando os meios mais comuns, como identificação de impressões digitais ou análise de DNA, são inconclusivos.
Nas redes sociais, o perfil do projeto Múmia de Varsóvia destacou que o processo conhecido como mumificação é uma “expressão do cuidado com o objetivo de preservar uma pessoa para a vida após a morte”. “Para os antigos egípcios, como nós, o rosto era parte integrante da identidade de uma pessoa. Ao reconstruir os rostos, estamos ‘trazendo-os de volta à vida’ e restaurando suas identidades”, escreveu.
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