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Santa Catarina mantém todas regiões em risco grave e tem 2º fim de semana com restrições
Fiscalização em Lages cuidou para que estabelecimentos fechassem às 23h, horário que inicia restrições (Foto: Prefeitura de Lages/Divulgação)
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08 de março de 2021
Com informações do G1
MANAUS – Santa Catarina mantém todas as 16 regiões de saúde em situação gravíssima para a Covid-19, segundo a matriz divulgada pelo governo do Estado na manhã deste sábado, 6. Esse é o pior nível na matriz de risco do estado pela segunda semana seguida.
São 700,1 mil diagnosticados com o coronavírus, incluindo 7.816 pessoas que morreram por complicações da doença, desde o início da pandemia. Com a falta de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), pacientes estão sendo transferidos para o Espírito Santo (veja mais abaixo).
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Este é o segundo fim de semana com restrições para tentar conter o avanço da doença no Estado. A circulação de pessoas em praias, parques e outros locais públicos é proibida e apenas serviços essenciais devem funcionar até as 6h de segunda-feira, 8.
Neste sábado, os bolsões da Beira-mar Norte em Florianópolis, por exemplo, ficaram fechados. Nas praias, como em Jurerê onde havia alguns banhistas, a Guarda Municipal e a Polícia Militar orientaram as pessoas a deixarem os locais.
Na região da capital não houve flagrantes de irregularidades durante a madrugada. Bares e restaurantes fecharam antes das 23h de sexta-feira, 5, em Florianópolis, horário que inicia a restrição.
Além das Guardas Municipais, as Polícias Militar e Civil estão responsáveis pelas fiscalizações nas cidades catarinenses. Em Balneário Camboriú, no Litoral Norte, e em Lages, na Serra, as fiscalizações também não flagraram irregularidades, segundo as autoridades sanitárias.
Em Chapecó, no Oeste, região mais crítica por causa da Covid em Santa Catarina, um estabelecimento foi autuado. Na cidade e também em Xanxerê, na mesma região, as restrições devem seguir a partir de segunda, por decretos municipais.
Em Joinville, no Norte catarinense, cinco estabelecimentos foram interditados na última noite. Já em Criciúma, no Sul do Estado, foram emitidos três termos circunstanciados contra bares.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve na sexta-feira em Chapecó para discutir o enfrentamento à Covid-19 na região. Em coletiva, ele falou sobre a visita que fez ao centro de eventos que abriga pacientes com a doença e disse que o governo trabalha para fazer mais leitos no Estado, mas não chegou a fazer anúncios para a região.
Transferências para o ES
Neste sábado, 4, dois pacientes do Oeste foram transferidos para o Espírito Santo e no início da tarde os bombeiros iniciaram a transferência de outra pessoa. Além dos três deste sábado, outras duas pessoas foram transferidas desde quarta-feira, 3. O primeiro paciente, de Chapecó, antes da transferência ficou entubado ao lado da mãe.
O avião Arcanjo do Corpo de Bombeiros decolou de Florianópolis e pousou em Chapecó às 10h50 deste sábado. A equipe entregou medicamentos e partiu para São Miguel do Oeste, de onde uma idosa de 70 anos foi colocada na aeronave para transferência. De Chapecó, o avião de uma empresa terceirizada fez o transporte de um homem de 58 anos que estava internado no Hospital Regional do Oeste.
Ocupação em UTIs
A ocupação de leitos de unidade de terapia (UTI) está em 98,78%. Porém, a própria Secretaria de Estado da Saúde admite que os leitos que vagam já estão reservados a outros pacientes. Ou seja, não há leitos disponíveis.
No estado, há 291 pessoas esperando leitos de UTI e até a noite de sexta, 57 pessoas que estavam esperando acabaram morrendo antes de conseguirem os leitos especializados.
O mapa é feito observando-se critérios como ocorrência de mortes, contágio do vírus, percentual de resultados positivos de exames e ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) reservados para pacientes com suspeita ou confirmação da Covid-19.
“Todos os indicadores estão gravíssimos e nos chama a atenção a taxa de contaminação altíssima. O número de casos ativos cresce diariamente e não apresenta nenhuma tendência de estabilização até o presente momento”, informou Bianca Vieira, analista de dados do Centro de Operações de Emergência em Saúde do governo do estado.
A outra vez em que o Estado teve todas as regiões no nível gravíssimo, além de sábado passado, 27 de fevereiro, foi em 23 de dezembro.
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