Sindicalistas anunciam apoio à paralisação de caminhoneiros contra alta dos combustíveis

Bloqueios feitos por caminhoneiros na BR-376, em Paranavaí (Portal da Cidade Paranavaí)
Com informações da Folha de S. Paulo

SÃO PAULO – As centrais sindicais se uniram para divulgar um manifesto nesta quinta-feira, 28, dando apoio à paralisação que os caminheiros dizem que vão fazer a partir do dia 1° de novembro. O texto, assinado por CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas e outras entidades, afirma que a pauta dos motoristas tem repercussões do interesse de todos os trabalhadores.

“A inflação se expressa na alta dos preços da energia e dos combustíveis, que são de responsabilidade do governo federal e, mais uma vez, nada faz. O impacto sobre os preços promove a carestia, como no caso do botijão de gás, que custa em torno de R$ 100. A inflação anual já beira os 10%”, dizem as centrais.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, diz que as centrais se reuniram com representantes dos grupos de motoristas que aderiram à paralisação, e a ideia é colaborar na divulgação e participar de atos com os caminhoneiros. “Não é só a questão do combustível. É a carestia que isso provoca nos itens de primeira necessidade. Não adianta fazer as revindicações sem tocar na política de preços da Petrobras”, afirma Torres.

Segundo Ricardo Patah, presidente da UGT, o objetivo não é reproduzir o caos que aconteceu em 2018, mas os caminhoneiros precisam ser ouvidos.

“Estamos falando de custo da gasolina, luz, tantas questões elevadas. Não podemos ficar sem apoiar e valorizar uma categoria tão importante e tão sofrida, que transporta alimentos e vida. São pessoas que merecem respeito. O que aconteceu em 2018 nós queremos até esquecer, porque foi muito complicado. Não queremos contribuir para o caos. É por respeito. Estamos em outro momento. O Brasil está muito sofrido”, diz Patah.

Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), afirma que Bolsonaro está dizimando os caminhoneiros com a política de preços para os combustíveis. “A categoria não aguenta mais tanta mentira e traição​. Os caminhoneiros não querem esmola. Querem trabalhar”, afirma o líder sindical.

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