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Sindicato dos Jornalistas do AM será responsável por receber denúncias eleitorais
Fachada da sede do Sindicato dos dos Jornalistas do Amazonas (Sidjor-AM) (Reprodução/Revista Cenarium)
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19 de janeiro de 2024
João Felipe Serrão – Da Revista Cenarium
MANAUS (AM) – O compromisso com a democracia, o combate às fake news e a garantia de eleições limpas e transparentes são alguns dos eixos de atuação do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas (Sinjor-AM) junto ao Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral para o pleito municipal de 2024.
Composto por diferentes representantes das entidades da Sociedade Civil, como o próprio Sindicato dos Jornalistas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Arquidiocese de Manaus, o comitê tem reunido membros para planejar as ações que serão realizadas no processo eleitoral de 2024.
Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, Wilson Reis, há uma preocupação da entidade em relação à interferência das fake news e da política de desinformação, utilizadas por grupos políticos durante as eleições.
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“Passa a ser um compromisso do sindicato no sentido de combatê-las e esclarecer o quão nociva é esse tipo de prática, para que possamos ter um voto consciente, que possa escolher melhor os candidatos que vão representar a população no parlamento e no Executivo. Destaco a importância dos profissionais jornalistas nesse processo, que, juntamente com outros representantes, compõem o comitê, com uma contribuição importantíssima para a construção da cidadania e melhoria do certame eleitoral”, disse Wilson.
Ele destaca também que, nos dias de hoje, ainda ocorrem práticas antigas por parte dos candidatos que são prejudiciais ao desenvolvimento da consciência cidadã e da consciência política plena da população.
“Existem essas manipulações para a obtenção do voto. Ainda há a prática do assistencialismo, com cestas básicas, com o objetivo da cooptação do eleitor. Nós queremos que esse voto reflita efetivamente a consciência mais crítica por parte da população. Também têm alguns candidatos que transgridem o que define a legislação e, às vezes, fazem a campanha eleitoral antes do prazo determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral, o que constitui um crime que precisa ser denunciado aos órgãos competentes”, disse Wilson.
Papel
Segundo o coordenador-adjunto de comissões da OAB-AM e um dos membros representantes no Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral, Cassius Clei Aguiar, a presença do Sindicato dos Jornalistas desempenha um papel crucial. Para ele, por meio da experiência na cobertura política e do compromisso com a ética jornalística, o sindicato contribui significativamente para o fortalecimento do processo eleitoral e a promoção da transparência.
“Os jornalistas têm uma compreensão profunda do funcionamento do sistema político, das práticas corruptas e da necessidade de uma imprensa livre e independente. Sua participação no comitê garante uma perspectiva imparcial e baseada em evidências, contribuindo para a eficácia das ações de combate à corrupção eleitoral”, disse o advogado.
Cassius destacou que os profissionais possuem conhecimento aprofundado sobre os atores políticos, os partidos e suas estratégias, bem como sobre os padrões históricos de corrupção.
“Essa expertise permite que os jornalistas identifiquem sinais de corrupção eleitoral, investiguem denúncias e forneçam informações precisas e relevantes ao público. Além disso, sua habilidade em analisar e contextualizar os eventos políticos contribui para a formulação de políticas eficazes de combate à corrupção”, finalizou.
Denúncias
O Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral terá como local para recebimento de denúncias a sede do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, localizada na Praça Santos Dumont, número 15, no Centro de Manaus. Os relatos serão acolhidos e passarão por avaliação do comitê para identificar se a denúncia procede. Uma vez confirmada, a denúncia será encaminhada para o Ministério Público Eleitoral (MPE).
Entre os crimes eleitorais mais comuns, estão: a compra de votos, boca de urna, derrame ou “chuva” de santinhos, uso da máquina pública, coação ou ameaça, entre outros ilícitos.
A atuação do comitê abrange todo o Amazonas, mas há uma limitação financeira do grupo, que faz com que as ações tenham foco em Manaus e nos municípios da região metropolitana da capital. Mas denúncias de qualquer natureza que venham dos municípios do interior serão recebidas pelo comitê.
De acordo com o representante da Arquidiocese de Manaus, padre Geraldo Bendaham, é importante juntar diferentes entidades que desejam promover a democracia e ajudar no processo de conscientização da população na escolha de seus representantes políticos.
“O Comitê é a articulação das diversas entidades que desejam promover a verdadeira democracia. A gente realmente tem que estar articulado com instituições sérias que desejam uma sociedade mais verdadeira, mais justa, mais fraterna, com igualdade. E como seria bom que os futuros candidatos, aquele que chegue a vencer o pleito, seja realmente uma pessoa honesta, verdadeira e que leve a sério às políticas públicas, que possa ter muita responsabilidade”, enfatizou o religioso.
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