Surto de Covid-19 na fronteira com o Peru emite alerta no Amazonas

Foto aérea da frente da cidade de Benjamin Constant, no Amazonas (Divulgação/Prefeitura de Benjamin Constant)
Com informações da assessoria

MANAUS – A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) emitiu um alerta de risco para Covid-19, na tarde de quinta-feira, 29, após receber notificação de surto da infecção na cidade de Islândia, Peru, na região de fronteira do Alto Solimões, com o município de Benjamin Constant (a 1.121 quilômetros a oeste de Manaus). O alerta está disponível no site da FVS-RCP (www.fvs.am.gov.br) e visa acionar as equipes de Resposta Rápida para enfrentamento da Covid-19 no Amazonas.

Conforme o comunicado, no período de 1º a 19 de julho, foram registrados 82 casos de Covid-19 na cidade de Islândia, no Peru. Em junho, o registro era de apenas um caso da infecção. A região também é próxima de Atalaia do Norte e Tabatinga (respectivamente, a 1.138 e 1.108 quilômetros da capital).

Após o alerta, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da FVS-RCP (CIEVS/FVS-RCP) informou ao CIEVS Nacional com a finalidade de articular e coordenar as ações de vigilância voltadas para a região de fronteira do Alto Solimões e evitar a disseminação de Covid-19, nos municípios brasileiros, e da variante Lambda (também conhecida como C.37 ou “Variante Andina”, identificada no Peru).

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Estratégia

Diante do cenário de risco para Covid-19, a FVS-RCP está organizando uma ação de suporte ao enfrentamento da pandemia na região de fronteira do Alto Solimões, incluindo Benjamin Constant, Atalaia do Norte e Tabatinga.

A ação ocorre em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas-Brasil), o Instituto Leônidas & Maria Deane – Fundação Oswaldo Cruz (ILMD/Fiocruz Amazônia), Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) e secretarias municipais de saúde de Tabatinga, Atalaia do Norte e Benjamin Constant.

“Está sendo estruturada uma ação conjunta para auxiliar esses três municípios e evitar a propagação do vírus e a introdução de novas variantes, como a ‘Lambda’ que é classificada como uma variante de interesse com potencial de causar transmissão comunitária pela Organização Mundial de Saúde”, alerta o diretor-presidente da FVS-RCP, Cristiano Fernandes.

Cristiano acrescenta que, dentre as ações importantes para bloquear a disseminação do surto no território brasileiro, estão a intensificação da vacinação contra Covid-19, testagem de detecção da infecção e rastreamento dos casos confirmados da doença.

O virologista e pesquisador Felipe Naveca, do ILMD/Fiocruz Amazônia, apontou que a instituição está ofertando todo o suporte para ações de laboratório e de pesquisa, dentro da Vigilância Genômica, com a identificação de linhagens do novo coronavírus (SARS-CoV-2).

“Nós temos trabalhado em conjunto com a FVS, desde o início da pandemia, ajudando no que for possível. Nessa ação específica, nós conseguimos, também, apoio de financiadores que tornaram disponíveis EPI (Equipamento de proteção individual) que vão ser necessários para testar o maior número de pessoas e identificar as linhagens que estão circulando”, afirmou Naveca.

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