Solidariedade e empatia de voluntários marcam vacinação contra Covid-19 em Porto Velho

Profissionais de outras áreas auxiliam servidores da saúde sem cobrar nada em troca (Emílio Tiago/Prefeitura de Porto Velho)

Iury Lima – Da Revista Cenarium

VILHENA (RO) – Rondônia prioriza agora a vacinação de pessoas com mais de 45 anos, portadoras de comorbidades. Na capital, Porto Velho, o público-alvo da imunização pode agendar a aplicação, por meio de um aplicativo compatível com qualquer aparelho smartphone, que foi criado para agilizar o atendimento.

Mesmo assim, há formação de filas e grande fluxo de pessoas. Por isso, o recurso humano se torna tão necessário, representado por dezenas de profissionais além daqueles lotados na pasta da saúde. Eles chegam bem antes para preparar os pontos de vacina ou trabalhar de forma voluntária e até anônima, pensando no bem-estar, gerando empatia, proteção e gentileza a quem chega ansioso pela tão aguardada primeira ou segunda dose de esperança.

Voluntários

Dezenas de profissionais trabalham nos pontos de vacinação espalhados pela capital sem cobrar nada a mais por isso. São profissionais de segurança, de salvamento, agentes de trânsito, e até acadêmicos, que auxiliam centenas de servidores da saúde sempre que há mobilização para vacinar contra a Covid-19. O trabalho começa bem cedo para isolar a área e controlar o fluxo de veículos, como explica o agente de trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transportes, Valbio Silva Carvalho.

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“Toda vez que o município de Porto Velho desenvolve algum trabalho em prol da sociedade, a gente vem dar o nosso apoio logístico. Além de controlar o fluxo de veículos para dar mais mobilidade à sociedade, orientamos essas pessoas que chegam à unidade sobre quais são os procedimentos que devem ser adotados. A gente se coloca como pai, como filho, como ser humano, né?!”. 

Atuação

O Comando da Aeronáutica (Ala 6) da Força Aérea Brasileira (FAB), que é responsável pelo transporte aéreo de pacientes rondonienses para outros Estados e de oxigênio líquido em aviões cargueiros, além de vacinas, insumos e equipamentos de proteção individual (EPIs), disponibilizou 20 militares do Esquadrão de Segurança de Defesa, de acordo com o Tenente-Coronel Aviador da FAB, Danilo Popp Lucas.

“A nossa atuação é basicamente direcionada à organização das filas e principalmente à parte de segurança, tanto dos profissionais de saúde que estão trabalhando na vacinação quanto, também, da população. Quando a gente coloca os nossos militares para cuidar dessa parte do apoio, a prefeitura tem condições de direcionar os seus profissionais de saúde exatamente para a atividade fim, a vacinação em si”, afirma o tenente-coronel, satisfeito em contribuir. 

O Tenente-Coronel da FAB, Danilo Popp Lucas, diz que o trabalho voluntário ajuda a prefeitura a direcionar os profissionais de saúde exclusivamente para a vacinação. (Emílio Tiago/Prefeitura de Porto Velho)

Apoio

Já a  Polícia Militar da capital apoia a Secretaria Municipal de Saúde “em duas frentes”, na explicação da Capitã Engel Maydionaha. Um trabalho em que policiais civis também colaboram, visando a segurança de todos, além de contribuir, também, para a organização.

“A primeira frente é no apoio em relação à segurança da própria comunidade local que está presente para ser imunizada, da equipe de imunização. Notadamente nos dias de pico, nos dias em que não há agendamento, quando são aplicadas as segundas doses da CoronaVac, os dias de maior aglomeração. E a segunda frente que nós temos apoiado é no próprio dia de imunização das forças de segurança e salvamento, organizamos as filas, fazemos a segurança e trazemos mais vacinadores”, afirma a Capitã Engel, dando destaque ao ato de trazer mais profissionais para o dia de imunização dos agentes para não sobrecarregar a aplicação para os demais públicos.

A Capitã Engel Maydionaha destaca a inciativa de trazer novos vacinadores para não sobrecarregar a força-tarefa. (Emílio Tiago/Prefeitura de Vilhena)

Reconhecimento

Para o tenente-Coronel da Polícia Militar, Agnus Aécio, esse “é um novo desafio que estão enfrentando para propiciar à sociedade o melhor e diminuir o sofrimento, a dor e evitar o crescimento de óbitos por Covid-19”.
Residentes em Saúde da Família e acadêmicos do oitavo período do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Rondônia (Unir) também integram o voluntariado em favor do bem-estar dos pacientes. Eles aplicam a teoria ao serviço prático, atuando na força-tarefa e no sistema de informação da vacinação. 

O esforço de tantos voluntários foi reconhecido pela secretária municipal de Saúde, Eliana Pasini. “Milhares de pessoas já foram vacinadas e, eu garanto, sem a colaboração, presença e cooperação destes parceiros, não teríamos tido o êxito que estamos tendo até hoje. Vocês são essenciais”, agradeceu Eliana.

Aplicações

O Estado agora com 226.846 mil casos confirmados da doença e 5.656 mil mortes, já vacinou 223.006 mil pessoas, pelo menos, com a primeira dose do imunizante Sinovac/CoronaVac, Oxford/AstraZeneca ou Pfizer/BioNTech. Desse quadro, 144.443 mil já receberam a segunda dose. Até esta terça-feira, 25, Porto Velho já havia realizado 65.791 mil aplicações de primeira dose e 60.632 mil aplicações da segunda.

A prefeitura da cidade orienta, para que não hajam tantas aglomerações por conta da vacinação, que os portovelhenses façam a inscrição no aplicativo Sasi, agendem a imunização com base na disponibilidade de doses e datas de aplicação para cada grupo e, que aguardem a confirmação de agendamento gerada pelo sistema antes de ir ao posto de saúde – o que não surte muito efeito.



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