Único do gênero no Brasil, Festival Amazonas de Ópera ganha fundo para se manter

Festival Amazonas de Ópera passa a ter fundo para custear as grandes produções montadas no palco do lendário Teatro Amazonas (Reprodução/Blogspot)
Mencius Melo – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Festival Amazonas de Ópera (FAO), que em 2023 completará 25 anos, terá a partir do próximo ano, um fundo para se manter. O Fundo do Festival Amazonas de Ópera será composto por uma diretoria e um conselho de patronos. O objetivo inicial das primeiras iniciativas do fundo é arrecadar R$ 50 milhões entre doadores com pessoas físicas e jurídicas no âmbito brasileiro e internacional.

A entidade será presidida pela pianista Flavia Furtado. A economista Claudine Anchite assume a Diretoria Financeira. O historiador Jorge Coli está à frente da Diretoria Curatorial e o empresário Antônio Esteve é o Presidente do Conselho de Patronos. A advogada Cris Olivieri é responsável pela formatação e estruturação jurídica do Fundo e do seu regimento.

Casa centenária, o Teatro Amazonas é o lar das mais vibrantes montagens do festival de ópera que acontece na Amazônia (Reprodução/Blogspot)

Profissional que está no cerne da história de construção do FAO, o maestro Luiz Fernando Malheiros vislumbrou inúmeras possibilidades a partir da existência do fundo. “Apesar de todo o desenvolvimento do FAO, que até o momento conquistou tamanha relevância, a chegada do Fundo Festival Amazonas de Ópera me permite sonhar ainda mais alto, pensar em obras que ainda não montamos, convidar artistas internacionais e, principalmente, fortalecer a sua longevidade”, planejou o maestro.

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Para estruturar o fundo, a organização do FAO convidou a Levisky Legado que é uma consultoria voltada para marcas e empresas, terceiro setor, arte e cultura e fundos financeiros com o propósito de gerar e fortalecer legados. A empresa está sediada em São Paulo. Segundo Ricardo Blay Levisky, sócio fundador e presidente da Levisky Legado, a estruturação do fundo já está acontecendo. “O próximo passo do Fundo será instituir o Conselho de Patronos com membros doadores”, adiantou o executivo.

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O objetivo inicial das primeiras iniciativas do fundo é arrecadar R$50 milhões entre doadores com pessoas físicas e jurídicas no âmbito brasileiro e internacional. Esses recursos devem ajudar a garantir a manutenção do próprio fundo e já serão aportados no FAO 2023. Segundo a assessoria, a dinâmica do fundo passará pelo Conselho de Patronos doadores com pessoas físicas e jurídicas no âmbito brasileiro e internacional. O plano de cotas será apresentado em conjunto com o Regimento Interno com os aspectos de segurança de governança, transparência e gestão.

Obras de compositores renomados como Richard Wagner, Giácomo Puccini, Heitor Villa-Lobos, Giuseppe Verdi, Georges Bizet entre outros (Reprodução/Internet)

Assim como o maestro Luiz Fernando Malheiros, a diretora do Fundo do Festival Amazonas de Ópera, Flavia Furtado, mostra empolgação com as possibilidades que se descortinam com a chegada dessa nova fase naquele que é considerado um marco na cultura musical lírica brasileira. “Com uma rede forte de financiamento, teremos condições de fazer a ópera, que é a arte que une todas as artes, ser a voz da Amazônia para o mundo, ampliando sua relevância artística global”, declarou a presidente do fundo.

O FAO é um evento de resistência. Construído em meio a floresta, ele se tornou uma vitrine lírico musical em plena Amazônia. O evento acontece no lendário Teatro Amazonas e em seu palco grandes montagens já foram apresentadas, entre elas a ópera Lulu, de Alban Berg e o ciclo completo do Anel do Nibelungo, de Wagner. A ópera Magdalena, de Heitor Villa-Lobos, além de espetáculos tradicionais como Madame Butterfly, de Giacomo Puccini; Diálogos das Carmelitas, de Francis Poulenc; Médée, de Luigi Cherubini; Tannhäuser e Parsifal, de Richard Wagner; Carmen, de Georges Bizet; e La Traviata, de Giuseppe Verdi.   

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