Vacinas atualizadas contra a Covid-19 ajudaram a prevenir infecções sintomáticas, diz CDC dos EUA

(José Cruz/Agência Brasil)
Da Revista Cenarium*

PENSILVÂNIA (EUA) – As doses de reforço com vacinas atualizadas contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech e da Moderna ajudaram a prevenir infecções sintomáticas contra as novas subvariantes relacionadas à variante XBB, oferecendo novas evidências de como as vacinas funcionam contra essas cepas que se espalham rapidamente, disseram autoridades dos EUA nesta quarta-feira, 25.

“Hoje, temos evidências adicionais para mostrar que essas vacinas atualizadas estão protegendo as pessoas contra as variantes mais recentes da Covid-19”, disse Brendan Jackson, chefe da resposta à Covid-19 do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), a repórteres.

Os reforços atualizados têm como alvo as variantes BA.4 e BA.5 Ômicron do vírus Sars-CoV-2, que não são mais dominantes. As subvariantes relacionadas à XBB, agora, dominantes, são derivadas da versão BA.2 da Ômicron.

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Estudos de laboratório sugeriram que a proteção da vacina era menor contra as variantes XBB em comparação com as variantes anteriores, levantando questões sobre quão bem as vacinas funcionariam contra essas cepas crescentes do vírus, disse Jackson.

Profissional de saúde prepara dose de vacina atualizada contra a Covid-19, em Schwenksville, na Pensilvânia, nos Estados Unidos (Hannah Beier/8.set.22/Reuters)

Para o estudo, os pesquisadores revisaram os casos de Covid-19, de 1° de dezembro a 13 de janeiro, período em que a circulação nos EUA da XBB e XBB.1.5 aumentou. A pesquisa mostrou que a vacina atualizada ajudou a prevenir doenças em, aproximadamente, metade das pessoas que haviam recebido duas a quatro doses da vacina original, disse o CDC.

O CDC disse que a vacina atualizada funcionou de forma semelhante contra infecções relacionadas a BA.5 e infecções relacionadas a XBB/XBB.1.5. O imunizante foi 52% eficaz na prevenção de infecções com a BA.5 e 48% contra a XBB/XBB.1.5, entre aqueles com idade entre 18 e 49 anos. A eficácia caiu para 37% contra a BA.5 e 43% contra a XBB/XBB.1.5, entre aqueles com 65 anos ou mais.

Embora isso não tenha aparecido no estudo, Jackson disse que os dados a serem divulgados ainda na quarta-feira mostram que a vacina atualizada reduziu o risco de morte por Covid-19, em mais de duas vezes, em comparação com pessoas vacinadas que não receberam o reforço atualizado. A vacina atualizada também reduziu o risco de morte pela doença, em quase 13 vezes, em pessoas não vacinadas.

A autora do estudo, Ruth Link-Gelles, do CDC, disse que, no geral, as vacinas reduzem o risco de infecção sintomática em cerca de metade de uma população, mas os indivíduos veem um benefício diferente com base em seus fatores de risco.

Link-Gelles afirmou que as estimativas são para infecções sintomáticas, que o CDC definiu como um ou mais sintomas da Covid-19. Dadas as descobertas, o CDC instou as pessoas a manterem-se atualizadas com as vacinas recomendadas contra a doença.

A XBB.1.5 foi estimada em quase metade dos casos, nos EUA, na semana encerrada em 21 de janeiro, mostraram dados do governo.

A análise do CDC vem antes de uma reunião nesta quinta-feira, 26, na qual especialistas externos da Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) devem discutir se/e como os Estados Unidos devem oferecer a vacina contra a Covid-19 anualmente.

(*) Com informações da Folhapress
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