Veja os principais dados relacionados à varíola dos macacos e saiba mais sobre a evolução da enfermidade

A Organização Mundial da Saúde ativa seu máximo nível de alerta para a evolução da varíola dos macacos (Reprodução)
Com informações do Infoglobo

ÁFRICA DO SUL (ZA) – A varíola dos macacos, declarada como emergência de saúde pública internacional neste sábado, é uma doença viral em plena expansão que apareceu na África nos anos 70.

A seguir, veja os principais dados relacionados à enfermidade de origem animal, geralmente, não grave e cujo vírus é simular ao da varíola humana, uma doença erradicada desde 1980.

Detecção do primeiro caso: 1970

A varíola dos macacos foi detectada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo (RDC, então Zaire), em um menino de 9 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde.

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Desde então, se registraram casos humanos de varíola dos macacos em zonas rurais ou florestais de 11 países da África: Benin, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Libéria, Nigéria, República Centro-Africana, Congo, RDC, Serra Leoa e Sudão do Sul.

Primeiro surto fora da África: 2003

O primeiro surto fora do continente africano aconteceu nos Estados Unidos, em junho de 2003.

As autoridades sanitárias dos Centros de Detecção e Controle de Doenças (CDC) reportaram 87 casos (dos quais 20 foram confirmados por análise), mas nenhuma morte.

A enfermidade se propagou no País depois da contaminação de cães domésticos das pastagens por roedores importados de Gana.

Epidemia na Nigéria: 2017

Desde 2017, Nigéria experimentou “uma epidemia de grande envergadura”, com mais de 500 casos suspeitos, mais de 200 confirmados, e uma taxa de letalidade de cerca de 3%, segundo a OMS.

Notificaram-se casos esporádicos em viajantes procedentes da Nigéria em Israel (setembro de 2018), Reino Unido (setembro de 2018, dezembro de 2019, maio de 2021 e maio de 2022), Singapura (maio de 2019) e Estados Unidos (julho e novembro de 2021).

Eclosão de casos fora da África: Maio de 2022

Desde maio de 2022, começaram a aparecer casos em países onde a enfermidade não era endêmica até então. No Reino Unido, no início desse mês, detecta-se uma série de contágios, especialmente, entre homens homossexuais. Até dia 20 de maio, o país registrou 20 doentes.

A doença afeta também Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Portugal e Suécia.

A OMS registra, então, 80 casos confirmados no mundo, com contágios também comunicados nos Estados Unidos, Canadá e Austrália.

Vacinação dos casos de contato: Final de maio

Em 23 de maio, os Estados Unidos anunciaram a vacinação dos casos de contato com vacinas contra a varíola, igualmente eficazes contra a varíola dos macacos.

No dia 26 desse mês, a União Europeia indicou que prepara compras conjuntas de vacinas e tratamentos contra a varíola dos macacos, enquanto que a França realizou as primeiras imunizações de casos a partir de 27 de maio.

Mais de 1.000 casos: Início de junho

Em 8 de junho, o presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou “mais de 1.000 casos confirmados” em 29 países onde a enfermidade não era, até então, endêmica.

Vacinação preventiva: Final de junho

Em 21 de junho, o Reino Unido, que conta, então, com cerca de 800 casos, pede a vacinação preventiva dos homens “em risco”, em particular, homossexuais com vários parceiros.

Em 8 de julho, França propõe também a vacinação preventiva.

Mais de 14.500 casos em 70 países: Meados de julho

Até 19 de julho, as autoridades sanitárias americanas (CDC) informaram que mais de 14.500 casos foram confirmados em cerca de 60 países nos quais a doença, até então, era desconhecida.

Países europeus, Estados Unidos e Canadá concentram a maioria dos casos.

23 de julho de 2022

A OMS ativa seu máximo nível de alerta para a evolução da varíola dos macacos.

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