Vereador de Manaus afirma que presidente do Instituto de Mobilidade Urbana tem beneficiado empresários do setor

O vereador afirmou ainda que o presidente do instituto tem agido com descaso com os cidadãos que procuram o órgão (Divulgação)

Matheus Pereira – Da Revista Cenarium

MANAUS – Durante a sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM) da última segunda-feira, 26, o vereador Lissandro Breval (Avante) questionou a atuação do diretor-presidente do Instituto de Mobilidade Urbana de Manaus (Immu), Paulo Henrique do Nascimento Martins, e afirmou que existem inúmeras denúncias que dão conta do uso da estrutura do órgão para fins particulares.

“Eu gostaria de saber o que o Immu está fazendo na cidade de Manaus. O que o presidente do Immu está fazendo na cidade de Manaus. São inúmeras denúncias de que está usando a estrutura do Immu para perseguir os permissionários e para facilitar grandes empresários do setor de transportes”, revelou Breval.

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O vereador afirmou ainda que o presidente do instituto tem agido com descaso com os cidadãos que procuram o órgão, apontando mais uma vez para denúncias que chegaram até o mesmo. “Outra coisa, funcionário público e secretário têm a obrigação de atender a todos. Existem denúncias que as pessoas passam o dia todo para o secretário atender e simplesmente a presidência não atende”. Lissandro afirmou ainda que o secretário que não quer atender a população e as demandas, é só pedir exoneração e questionou mais uma vez. “O que o Immu está fazendo?”

Exoneração na gestão municipal anterior

Paulo Henrique Martins foi anunciado por David Almeida (Avante) como diretor-presidente do Immu em dezembro de 2020, junto a mais outros sete secretários municipais. Já em janeiro de 2021, Almeida e Martins se reuniram para discutir as soluções operacionais que seriam implementadas no Terminal 6 (T6), localizado no Conjunto Viver Melhor, zona Norte de Manaus.

Paulo Henrique foi ainda diretor de engenharia e diretor-presidente do extinto Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), na gestão do ex-prefeito Arthur Virgílio Neto, tomando posse em agosto de 2013. Dois anos depois, Arthur se irritou e exonerou o secretário por conta do envolvimento de uma empresa que respondia a um processo na Justiça sobre licitação para serviços de radares eletrônicos em Manaus. Na ocasião, o então prefeito chegou a dizer, em frente a câmeras de TV, que demitiria Paulo Henrique sem avisar se perdesse a confiança nele.

Engenheiro por formação, Paulo Henrique Martins foi ainda candidato ao cargo de deputado estadual do Amazonas pelo Podemos em 2018. Na ocasião, o atual chefe da pasta do transporte municipal teve 2.023 votos, que foram insuficientes para o eleger.

Procurado pela REVISTA CENARIUM, o Immu informou que não irá se manifestar sobre as denúncias feitas pelo vereador Lissandro Breval.

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