Vídeo: a relação da dança com entrega do corpo e a transcendência aos padrões estéticos

O vídeo é da bailarina e professora de Dança da Unicamp Júlia Del Bianco (Reprodução/Instagram/Judelbi)

Da Redação

MANAUS – Alvo histórico de críticas e imposições de padrões, o corpo feminino é capaz de transcender e fazer da dança um instrumento para o corpo, em um ato de entrega ao vento e ao ritmo, impondo à alma algo leve e muito maior, que acalma além de expressar e desabafa sem dizer nada. Com essas palavras do poeta João Doederlein, do perfil @psiquiart definiu o ato de dançar como “estar entregue ao próprio controle e ser controlada por outras notas da vida”.

Para o poeta, a dança é como dizer “dane-se o mundo” e ter um momento inteiramente seu, com a liberdade de ser o que sonhar e o que quiser. O vídeo é da bailarina e professora de Dança da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Júlia Del Bianco, que, nas postagens da rede social, aborda o tema da gordofobia na dança.

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No trabalho “O padrão corporal feminino no balé: uma leitura psicanalítica”, a autora Moema Fiuza de Campos, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), retrata a poesia de Doerderlein em uma contextualização acadêmica, ao trazer o estudo sobre a história do corpo feminino e a perene imposição de padrões que produzem efeitos na imagem corporal.

“O objetivo deste trabalho foi compreender as implicações da vivência do processo em formação em balé clássico na relação da bailarina com o próprio corpo, considerando a constituição da imagem corporal do sujeito, a partir de um viés psicanalítico”, diz um trecho da pesquisa.

Para chegar à conclusão do trabalho, a autora fez entrevistas com cinco bailarinas, que deram a ela a permissão para observar a constituição da imagem corporal e seu comparecimento “muito marcante na relação da dança com o próprio corpo”. Em sua pesquisa, Campos observou que as vivências iniciais repercutem na atualidade, mostrando como a experiência na dança aparece marcada por muita ambiguidade.

Veja o vídeo

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