Ana Pastana – Da Revista Cenarium
MANAUS – Atendendo ao pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), viaja nesta segunda-feira, 9, para Brasília (DF), para tratar de ações contra atos terroristas praticados por correligionários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não aceitam o resultado das eleições presidenciais.
Lima – que foi aliado de Bolsonaro no pleito passado – já havia sinalizado que buscaria uma relação diplomática com Lula pelo respeito à democracia e em defesa dos interesses do Amazonas. Na semana passada, o governador conseguiu autorização do ministro da Justiça, Flávio Dino, para a manutenção de agentes da Força Nacional na Base Fluvial Arpão, localizada em Coari (a 363 quilômetros de Manaus), que combate o crime organizado no interior do Estado.
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Além de Wilson Lima, outros governadores deverão se reunir com o presidente, na capital federal, para buscar mecanismos de combate às tentativas de atos golpistas que destruíram o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo, 8. Participará da reunião presidencial, também, os membros do STF.
A REVISTA CENARIUM apurou, em Brasília, que os governadores devem criar o Fórum dos Governadores para combater os atos extremistas. “A Segurança Nacional emitiu um alerta no qual aponta que extremistas devem fazer nos Estados que fizeram em Brasília, colocando em risco o patrimônio público, autoridades e a própria população”, revelou um interlocutor da Presidência da República.
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“O Fórum expressa toda solidariedade e apoio às medidas tomadas pelo presidente Lula e os chefes de Poderes e reafirma seu compromisso em defesa das instituições, colocando a disposição as forças de segurança nos estados para somar no restabelecimento da ordem e da paz”, afirmou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).
Comitê no Amazonas
No domingo à noite, 8, a Secretaria de Comunicação do Amazonas enviou nota informando que Wilson Lima acionou o Comitê de Resposta Rápida, no Centro Integrado de Comando e Controle do Amazonas (CICC), para tratar de possíveis manifestações em Manaus e no interior, como as registradas em Brasília.
Ações preventivas foram alinhadas entre órgãos de segurança estaduais, municipais e federais, além das Forças Armadas. O comitê monitora as manifestações em Manaus desde as eleições de outubro de 2022.
O policiamento também foi reforçado nas sedes dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo estadual e municipal, além da sede do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) e pontos como o Comando Militar da Amazônia (CMA), onde bolsonaristas estão acampados desde há dois meses.
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