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‘A Zona Franca vai ficar preservada’, afirma Lula em visita ao Polo Industrial de Manaus
Ex-presidente Lula esteve em Manaus para cumprir agenda de campanha (Ricardo Oliveira/Cenarium)
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31 de agosto de 2022
Bruno Pacheco e Ívina Garcia – Da Revista Cenarium
MANAUS – Após reunião a portas fechadas com políticos e empresários da Zona Franca de Manaus (ZFM), o candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou com o público e cedeu entrevista a imprensa na manhã desta quarta-feira, 31. Ao sair da fábrica japonesa da Honda na capital amazonense, o presidenciável resolveu descer do carro, cumprimentou apoiadores e se comprometeu em manter preservado o modelo econômico do Polo Industrial.
“A Zona Franca vai ficar preservada. É um compromisso que a gente tem desde que eu fui candidato em 1989. Eu, quando era presidente, renovei [os benefícios fiscais do modelo econômico] por dez anos. A Dilma renovou por 50 anos e, então, a Zona Franca tem estabilidade durante muito tempo”, declarou o ex-presidente Lula.
A entrevista do candidato não estava prevista, pois o petista cumpre ainda uma extensa agenda de campanha pela capital ao longo do dia. Lula, contudo, descumpriu o protocolo para conversar com os apoiadores que ficaram a manhã na expectativa de ver o ex-presidente. Aos gritos de “Vai dar PT”, o público ovacionou e recebeu o postulante.
Aos jornalistas, o candidato também falou da importância do modelo econômico para o desenvolvimento do Estado e para a geração de emprego à população. O ex-presidente Lula afirmou, ainda, que a ZFM é um patrimônio do desenvolvimento da Região Norte do País e que precisa continuar para dar oportunidades às pessoas.
“Essa é a terceira vez que eu visito a Honda e toda vez que venho a Manaus eu faço questão de visitar a Zona Franca de Manaus, porque não é possível que alguém queira trabalhar para destruir a ZFM. A pessoa que quer fazer decreto ou fazer lei para mudar os benefícios, na verdade são pessoas que não conhecem a importância da ZFM para o desenvolvimento do Estado e para a geração de emprego”, disse.
Empregos
Lula também falou sobre as propostas para tirar o Brasil da informalidade e afirmou, ainda, que este é um grave problema para o País. Segundo o candidato, uma das principais prioridades de seu governo, caso eleito, é recuperar o desenvolvimento do País e gerar empregos formais com carteira assinada.
“Nós temos muita gente trabalhando na informalidade, fazendo ‘bico’ e as pessoas acham que isso é emprego, mas não é. Emprego é as pessoas ter registro em carteira, direito a férias, à remuneração e a seguridade social. Primeiro, nós vamos retomar obras na construção civil, por exemplo, o ‘Minha Casa, Minha Vida’, o ‘Luz Para Todos’, as obras do PAC, que foram paralisadas, nós vamos retomar e o Estado vai ter que ter competência de colocar dinheiro para incentivar o empresário a colocar dinheiro. Nós já fizemos isso em 2003 e vamos fazer com mais rapidez agora”, explicou.
“Lamentavelmente o povo está passando fome. Lamentavelmente, num País que é o terceiro produtor de alimento, tem 33 milhões de pessoas passando fome e o presidente, que é o maior cara de pau, diz que não tem tanta gente passando fome. Mas não tem nada casa dele, porque ele esconde até o cartão corporativo dele”, declarou Lula, em ataque ao presidente Bolsonaro (PL).
Visita de Lula à empresa Honda
O ex-presidente Lula chegou a Manaus nessa terça-feira, 30, mas cumpre agenda de campanha apenas a partir desta quarta-feira, 31. Na empresa Honda, o candidato participou de reunião fechada com políticos, empresários e defensores do modelo econômico da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Com reforço na escolta por parte da Polícia Federal (PF), a comitiva de Lula contou com diversos carros blindados e duas ambulâncias, além do apoio da Guarda Municipal e de policiais da Polícia Militar (PM).
Entre os políticos presentes na reunião estavam o deputado e presidente do PT no Amazonas, Sinésio Campos, o deputado federal Zé Ricardo (PT), a candidata a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCB), o candidato a deputado federal Marcelo Ramos (PSD), senador Omar Aziz (PSD) e o senador pelo Amapá Randolfe Rodrigues (Rede).
Ao contrário do especulado por apoiadores do PT, o ex-governador de São Paulo e vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), não esteve na reunião na fábrica da Honda, segundo confirmou a assessoria do presidenciável.
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