Abertura da Cúpula da Amazônia é marcada por Marcha dos Povos da Terra

Marcha dos Povos marcou o encerramento da Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia (Daleth Oliveira/Revista Cenarium)
Daleth Oliveira – Da Revista Cenarium Amazônia

BELÉM (PA) – Enquanto os presidentes e chefes de Estado da Amazônia chegavam no Hangar Centro de Convenções, em Belém (PA), às 8h da manhã, para darem início às programações da Cúpula da Amazônia, povos tradicionais da região se concentravam ao lado do Bosque Rodrigues Alves para a Marcha dos Povos da Terra Pela Amazônia. O ato reuniu uma multidão de indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas e ativistas ambientais.

Nós não tínhamos como não ecoar nossas vozes e mandar nosso recado aos governantes da Amazônia, neste momento em que acontece a reunião que vai decidir o nosso futuro sem a nossa participação efetiva“, diz Mariazinha Baré, coordenadora da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amazonas (Apiam).

Indígenas entoaram suas músicas durante o trajeto (Daleth Oliveira/Revista Cenarium)

A mobilização social marcou o encerramento da programação da Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia, que começou na última sexta-feira, 4, na Aldeia Amazônica, também em Belém.

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Para Mariazinha, a união dos povos da Amazônia e ativistas ambientais no movimento foi significativo para mostrar que a causa é de todos. “Estar nessa marcha com outros movimentos sociais significa que todos nós estamos muito preocupados com as decisões que vão ser tomadas nessa Cúpula da Amazônia“, declara.

Nós queremos continuar falando e enviando as nossas mensagens, dizendo que nós somos as soluções. Os territórios indígenas são a solução para o enfrentamento às mudanças climáticas. A nossa forma de vida, as nossas práticas, são as alternativas para frear as mudanças climáticas. Queremos continuar chamando a atenção do governo para o comprometimento com os povos da Amazônia e com o mundo, quanto à transição energética e diminuição de emissão de carbono“, finaliza.

Trajeto da Marcha

Com os povos indígenas à frente da multidão, a marcha saiu da travessa Perebebuí por volta das 9h, seguindo pela Avenida Rômulo Maiorana, travessa Lomas Valentino, encerrando na Avenida Dr.Freitas. O destino final era o Hangar, a fim de que representantes do movimento entregassem uma carta com reivindicações e propostas dos povos da floresta aos presidentes. Entretanto, com a barreira da Polícia Militar no entorno do local da Cúpula isso não foi possível.

Leia mais: Na Cúpula da Amazônia, Lula fala em fortalecer países das florestas na agenda global
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