Alta do desmatamento obriga Mourão a sobrevoar áreas afetadas pela ação humana na Amazônia

O vice-presidente Hamilton Mourão embarcou em Brasília para uma viagem com embaixadores à Amazônia (Foto: Ascom/Vice-Presidência)

Da Revista Cenarium

MANAUS – O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e embaixadores da comunidade internacional iniciaram na tarde desta quarta-feira, 4, o sobrevoo em áreas afetadas pela ação humana quanto partes preservadas na Amazônia.

A viagem foi organizada após oito países europeus enviarem uma carta ao vice-presidente afirmando que a alta do desmatamento poderia dificultar a importação de produtos brasileiros. A tentativa do governo é dar uma resposta às críticas que o país sofre na área ambiental. Mourão preside o Conselho da Amazônia.

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O avião da comitiva saiu de Brasília em direção à Serra do Cachimbo, localizada na divisa entre os estados de Mato Grosso e Pará. De lá, a aeronave deve reduzir altitude e seguir o traçado da BR-163, no trecho que vai da divisa os dois estados até a cidade de Santarém (PA).

Nesse trecho, será possível sobrevoar áreas recém desmatadas, que enfrentam incêndios frequentes e áreas que apresentem as “cicatrizes” do fogo. Depois, disse o assessor, a comitiva será apresentada à parte da Amazônia que está preservada.

“O grande objetivo da nossa viagem era mostrar que o governo brasileiro não tem o que esconder e que nós estamos abertos a todo e qualquer diálogo necessário para demonstrar à comunidade internacional os nossos compromissos”, afirmou Mourão antes de embarcar.

Atividades em Manaus

Em Manaus, o roteiro prevê atividades em organizações militares e no laboratório de investigação da Polícia Federal. Enquanto que, no município de Iranduba, a 25 km da capital amazonense, o grupo deve visitar um projeto de colonização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A comitiva também deve passar pelo local onde as águas dos rios Negro e Solimões se encontram para formar o Rio Amazonas.

Em São Gabriel da Cachoeira, os embaixadores devem ser levados à Casa de Apoio à Saúde Indígena, da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, além de visitar organizações militares. “Nós vamos fazer uma viagem que vai abranger parte da Amazônia que está antropizada e parte que não está. De modo que, ao final desse percurso, esses diplomatas tenham condições de tirar as suas próprias conclusões”, completou o vice-presidente.

De acordo com a Vice-Presidência da República, participarão os chefes das missões diplomáticas de: África do Sul, Alemanha, Canadá, Colômbia, Espanha, França, Peru, Portugal, Reino Unido e Suécia.

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