Amazonense é um dos 26 mortos na ação policial contra novo cangaço em Varginha, MG

Armamento deve passar por perícia ao longo desta semana. (Divulgação/ PC-MG)

Luís Henrique Oliveira – Da Revista Cenarium

MANAUS – O amazonense Nunes Azevedo Nascimento, de Novo Aripuanã, no interior do Amazonas, está entre os 26 mortos durante uma ação policial em Varginha (MG) no último domingo, 31. Segundo a polícia mineira, Nunes era suspeito de pertencer a uma quadrilha especializada em roubo a bancos. Nenhum militar foi ferido na ação. Não há informação quando a perícia será finalizada ou sobre um possível translado do corpo para o Amazonas.

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, nomes de outras vítimas devem ser confirmados a partir desta quarta-feira, 3. Em nota, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que os suspeitos colocavam em risco a vida de cidadãos de bem. “Os policiais atuaram no estrito cumprimento do dever legal, utilizando a força necessária para repelir injusta agressão e manter a ordem pública e a incolumidade das pessoas, evitando a atuação de uma quadrilha, que pelo poderio bélico encontrado, poderia instaurar o caos na região, inclusive colocando a vida de cidadãos de bem em risco”, diz a nota.

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Os policiais periciaram carros apreendidos junto aos homens em dois sítios utilizados pelo grupo. São cerca de 12 veículos apreendidos, entre eles o caminhão com fundo falso localizado em Muzambinho (MG) que serviria para fuga deles após o crime.

Ao todo, foram apreendidas 26 armas, dois adaptadores, 5.059 munições, 116 carregadores, capacetes à prova de balas, explosivos diversos, 12 coletes balísticos, sete rádios comunicadores, 12 galões de gasolina de 18 litros cada e quatro galões de diesel de 100 litros cada. Entre as armas, havia uma metralhadora ponto 50, além de fuzis e granadas. Pelo menos 12 veículos roubados que estavam com a quadrilha foram recuperados.

Comissão pede apuração

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pediu uma apuração sobre as mortes. O Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública também devem ser acionados para acompanhar o caso.

A Comissão de Direitos Humanos da Subseção da OAB Varginha, inclusive, informou que busca atuação integrada com a Comissão de Direitos Humanos da OAB Minas Gerais para acompanhamento de todas as investigações e demais procedimentos.

Amostras de DNA coletadas dos 26 corpos dos suspeitos de assalto a banco serão inseridas no banco nacional de perfis genéticos. A partir disso, poderá ser apontada a eventual participação deles em outros crimes. Segundo a Polícia, nenhum dos corpos estava com documentos.

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