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Amazônia: desmatamento no 1° trimestre é o segundo maior desde 2016, aponta Inpe
Segundo o Inpe, a destruição florestal em setembro do ano passado foi a pior da série histórica. (Mayke Toscano/Secom-MT)
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09 de abril de 2023
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium
MANAUS – O primeiro trimestre deste ano (janeiro a março) encerrou com 844,7 quilômetros quadrados (km²) de floresta, da Amazônia, desmatada, conforme os dados do sistema Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. O índice equivale ao segundo pior resultado para o período, desde a série histórica iniciada em 2016.
De acordo com o Deter, somente o mês de março encerrou com 356km² de área sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal, o que também resulta em dados negativos, ocupando o terceiropior resultado para o período desde a série histórica iniciada em 2016.
Dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e Maranhão), os três primeiros lugares em desmatamento ficaram para o Amazonas, com 127km² de área desmatada; o Pará, com 83km²; e, em terceiro lugar, o Estado do Mato Grosso, com 80km² de desmatamento.
Os números atuais vão na contramão dos dados divulgados em janeiro deste ano, quando o desmate, na Amazônia Legal, foi de 167km², uma redução de 61%, se comparado ao mesmo mês de 2022, quando a destruição chegou a 430km².
Em fevereiro, um outro levantamento elaborado pelo Greenpeace Brasil apontou que o Estado de Mato Grosso liderava a maior área de alerta de desmatamento no mês, com 162km² (50,3% do total de 322km²). Em seguida, vinha o Amapá e o Amazonas, ambos com 46km² (14,2% do total).
Ainda conforme o Greenpeace, baseado em dados apresentados pelo sistema Deter-B, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), fevereiro também bateu o recorde de alertas de desmatamento da série histórica,chegando a 322km². Os dados representaram um aumento de 61,8% em relação ao mesmo mês, no ano de 2022, que chegou a 199km² de área desmatada.
O sistema Deter não é considerado o dado oficial de desmatamento, mas é tido como o sistema mais preciso em relação às medições de taxas anuais. O sistema cobre alterações florestais para áreas maiores que 3 hectares (0,03km²).
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