Após exonerar servidores, prefeito interino de Itacoatiara, no AM, critica gestão anterior e fala em ‘prática nefasta’

Gustavo Braz fez uma balanço de sua gestão de uma semana como prefeito de Itacoatiara (Reprodução/Facebook)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – O prefeito interino de Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus, no Amazonas), Gustavo Braz (Cidadania), fez um balanço de sua gestão de uma semana à frente do Executivo Municipal e disse que jamais compactuou com a administração do então prefeito Antônio Peixoto (PT), a qual se referiu como “nefasta”.

Em vídeo de 6 minutos publicado nas redes sociais, o gestor, que também é advogado, afirma que está prestando conta de suas ações na prefeitura, que já exonerou, até essa terça-feira, 15, 12 secretários municipais da gestão de ex-prefeito, que não é mais aliado desde 2017.

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“Com 22.284 votos, também fui eleito como vice-prefeito e jamais coadunei com a prática nefasta que se instalou no município. Cabe a mim, agora, assumir interinamente o comando do poder executivo de Itacoatiara, não havendo ruptura de mandado, mas sim de ações”, pontua.

Na publicação, o novo gestor cita o afastamento por improbidade administrativa de Peixoto e enfatiza que o caso refletiu não só a negligência que o ex-prefeito tratava o município e a “coisa pública”, mas também as ordens que emanavam o poder judiciário.

“Antes do afastamento, a licitação referente a pavimentação asfáltica, tão importante para o nosso município, também foi suspensa por ordem judicial, por suspeitas de fraudes de licitação. Portanto, ao contrário do que alguns querem passar para a população, esse afastamento não se deu por questão eleitoral, caso em que a chapa seria afastada, mas por atos de improbidade administrativa, ou seja, atos ilícito que deve ser freado, sob pena de prejuízo ao patrimônio público”, explica.

‘Não sou apegado a poder’

Ao se referir com a ação de Antônio Peixoto, que busca derrubar a decisão da Comarca de Itacoatiara que o afastou da prefeitura por 180 dias, Gustavo Braz lembra que as decisões judiciais são passíveis de recursos e que, ainda, não é apegado a poder.

“Quanto a isso, estou muito tranquilo. Não sou apegado a poder, mas ainda que se passe uma semana, um mês ou seis meses, trabalharei incansavelmente para o bem do nosso município, aproveitando cada segundo para desfazer as “amarras” que tem levado o nosso município à beira do caos”, desabafa.

Tribunal de Contas

Gustavo Braz destacou, também, que solicitou ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE/AM) uma inspeção extraordinária na prefeitura, com o envio de uma equipe técnica da Corte de Contas, para que auditasse os atos administrativos emanados pelo então prefeito Antônio Peixoto.

“Junto a isso, solicitarei aos órgãos da nossa administração, uma tomada de contas especial, que será feita pelos nossos secretários e diretores, que terão a responsabilidade de analisar os documentos e apontar as ilegalidades cometidas, para que providências austeras sejam tomadas”, disse.

Portal da transparência e dívida de luz

Sobre a falta de publicação no portal da transparência da prefeitura, Braz afirmou que voltará a alimentar a plataforma com a devida regularidade. Segundo o gestor interino, o município está acumulado em dívidas, sendo somente em energia elétrica, uma despesa de aproximadamente R$ 1 milhão.

“Processos administrativos, referentes as emendas que foram contempladas pelo senador Eduardo Braga (MDB), por exemplo, tão importantes para o nosso município, sendo negligenciadas, muito provavelmente por inabilidade e incompetência. Nossa cidade vivia uma administração que o foco era apagar incêndios”, passamos a partir de agora a administrar com planejamento. Antes, reação. Agora, organização”, elencou.

Confira o vídeo:

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1154640471562773&id=100010504939365

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