Assassinado na Amazônia, Dom Phillips é velado neste domingo, 26, no Rio de Janeiro

Do lado de fora do cemitério, integrantes de movimentos sociais protestam: "Quem mandou matar Dom e Bruno?" (Reprodução/Infoglobo)
Com informações do Infoglobo

RIO DE JANEIRO – O velório do jornalista Dom Phillips acontece na manhã deste domingo, 26, no Cemitério Parque da Colina, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Em cima de um caixão fechado e coberto pela bandeira do Brasil, está uma foto de Dominic Mark Phillips. A cerimônia de despedida é restrita a familiares e amigos do jornalista britânico assassinado no Vale do Javari, em Atalaia do Norte, interior do Amazonas, no mês de junho. Marca presença ainda o representante do governo britânico, Anthony Preston. A cremação do corpo está marcada para às 12h.

Do lado de fora do cemitério, integrantes de movimentos sociais cobram a continuidade da apuração do assassinato. Com uma faixa estendida, eles perguntam: “Quem mandou matar Dom e Bruno?”.

Os corpos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips foram entregues às famílias, pela Polícia Federal (PF), somente nesta quinta-feira, 23, mais de duas semanas após seus desaparecimentos. Na manhã de sexta-feira, 24, Bruno foi enterrado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (PE). O caixão foi coberto com bandeiras do Estado de Pernambuco, do Sport – time de coração dele – e com uma camisa da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). O velório contou com a presença de indígenas, como os xukurus, que realizaram rituais pela passagem de Bruno. Também houve pedidos de justiça, e críticas à gestão do presidente Jair Bolsonaro.

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Foto de Dom colocada sobre o caixão — Foto: Reprodução
Foto de Dominic Mark Phillips colocada sobre o caixão (Reprodução)

Segundo as investigações do caso, que já prenderam quatro suspeitos pelo crime, Dom e Bruno foram assassinados no Vale do Javari (AM) quando se dirigiam à cidade de Atalaia do Norte. A suspeita é de que as mortes foram cometidas por pescadores que se queixavam da atuação de Bruno Pereira em repressão à pesca ilegal na região, que sofre influência do narcotráfico.

Segundo laudo realizado nos corpos encontrados no dia 15 de junho, 10 dias após o desaparecimento de Dom e Bruno, os dois foram mortos a tiros, com munição de caça.

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