Atiradora deixa ao menos sete mortos em ataque à escola de Nashville nos EUA

Policiais chegam à Covenant School após ataque a tiros na escola (Metropolitan Nashville Police Department/Reuters)
Da Revista Cenarium*

WASHINGTON – Um ataque a tiros em uma escola cristã de Nashville, no sul dos Estados Unidos, deixou nesta segunda-feira, 27, pelo menos sete mortos — incluindo a suspeita, dizem autoridades da cidade, morta em confronto com a polícia. Ao menos três vítimas são crianças.

O episódio, mais um entre os massacres em escolas no País norte-americano, aconteceu, desta vez, na Covenant School, instituição presbiteriana com cerca de 200 alunos que vão da pré-escola até a 6ª série.

A polícia da cidade começou a receber ligações de emergência às 10h13 desta segunda. Ao chegar no local, minutos depois, os oficiais ouviram tiros vindo do segundo andar e confrontaram a atiradora de 28 anos em um saguão. De acordo com a polícia, ela pode ter acessado a escola por uma entrada lateral e carregava dois fuzis semiautomáticos e um revólver. A sua ligação com a instituição, porém, ainda não está clara, assim como a sua identidade.

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Policiais conduzem crianças para longe do local onde houve um tiroteio em uma escola cristã de Nashville, no Tennessee (Jozen Reodica/AP)

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As três crianças foram declaradas mortas após chegarem ao hospital infantil Monroe Carell Jr., em Vanderbilt, disse em um comunicado John Howser, porta-voz do hospital, de acordo com o canal de notícias local WKRN-TV.

O Corpo de Bombeiros de Nashville afirmou que atende “vários pacientes”. Segundo a imprensa local, dezenas de pais foram até o local e eram instruídos a se reunir em uma igreja próxima, onde davam o nome e sobrenome de seus filhos à polícia.

O perfil da atiradora destoa do usual nesse tipo de episódio. Segundo levantamento de especialistas em Justiça criminal, publicado no site The Conversation, de 1980 a 1989, a idade média dos atiradores era 39. O número foi caindo, ao longo dos anos, até alcançar 22, em 2020, mas a maioria dos agressores continua sendo de homens.

Apenas quatro dos 191 tiroteios em massa, desde 1966, catalogados pelo centro de pesquisa The Violence Project, foram cometidos por uma agressora do sexo feminino.

Esse é o 129° tiroteio em massa — quando quatro ou mais pessoas são baleadas — nos EUA, só neste ano, de acordo com a ONG Gun Violence Archive, que acompanha a violência armada no País. Em 2022, foram 647, um número que só aumenta desde 2018.

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O prefeito de Nashville, John Cooper, expressou solidariedade pelas vítimas e escreveu, nas redes sociais, que a cidade se juntou à “temida e longa lista de comunidades que experimentaram um ataque a tiros em uma escola”.

O presidente Joe Biden pediu ao Congresso para agir contra a violência armada. “Já chega”, afirmou, sobre o episódio. “Quantas crianças mais terão que ser assassinadas para que os republicanos, no Congresso, se levantem e ajam para aprovar a proibição de pistolas, fechar brechas em nosso sistema de verificação de antecedentes ou exigir o armazenamento seguro de armas?”.

(*) Com informações da Folhapress
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