Ataque com mísseis em Cabul deixa ao menos dez civis mortos

As explosões aconteceram em horário de grande movimento e algumas atingiram área destinada a instituições diplomáticas (EFE / EPA / HEDAYATULLAH AMID)

Com informações da Folhapress

Um ataque com mísseis matou ao menos dez civis e feriu cerca de 50 pessoas em uma área residencial de Cabul, capital do Afeganistão, neste sábado, 21, segundo a agência de notícias AFP.

As explosões aconteceram em horário de grande movimento e algumas atingiram área destinada a instituições diplomáticas. Um dos foguetes caiu próximo à embaixada do Irã, mas não houve feridos, de acordo com a embaixada.

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O porta-voz do Ministério do Interior afegão, Tariq Arian, afirmou que “terroristas” lançaram 14 mísseis de um pequeno caminhão dentro da cidade. Uma investigação tenta saber como o veículo conseguiu entrar na cidade.

O ataque acontece dias após conferência em Genebra, na Suíça, que discutiu o financiamento ao Afeganistão diante da queda de ajuda internacional, da retirada das tropas americanas da região e após o início de conversas de paz entre o Taleban e o governo afegão, em setembro.

Mesmo com o início das negociações entre a organização e o governo, ataques entre as duas partes continuam ocorrendo. No início de novembro, atiradores invadiram o campus da Universidade de Cabul e mataram ao menos 35 pessoas e feriram mais de 50.

Insurgentes do Taleban, no entanto, negam a autoria do ataque ocorrido neste sábado, que é reivindicada pelo Estado Islâmico.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, viajou no sábado para o Qatar, onde se encontrou com autoridades afegãs e negociadores do Taleban.

Segundo um diplomata ouvido pela agência de notícias Reuters, diante dos efeitos da pandemia no mundo, o Afeganistão deve enfrentar cortes de ajuda financeira internacional que podem ir de 15% a 20% nos próximos anos em relação ao que fora disponibilizado nos quatro anos anteriores, cerca de 3,8 bilhões de dólares anuais.

O país tem atualmente mais de 44 mil casos do novo Coronavírus registrados e mais de 1.600 mortes, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.

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